O volume de crédito do sistema financeiro nacional atingiu R$ 1,644 trilhão em outubro, o que representou uma alta de 1,9% em relação ao estoque de setembro, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC). O valor apurado pelo BC equivale a 47,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 46,7% do PIB em setembro. Nos 12 meses encerrados em outubro, as operações de crédito cresceram 20,3%.

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“As operações de crédito do sistema financeiro prosseguiram apresentando desempenho condizente com o dinamismo da atividade econômica, intensificado pelo aquecimento sazonal dos negócios associados às vendas de fim de ano e pela trajetória positiva dos indicadores de renda e emprego, com impactos favoráveis nas expectativas de empresários e consumidores”, afirmou o BC em nota.

As operações com recursos livres totalizaram R$ 1,078 trilhão, com altas de 1,6% em base mensal e de 15,7% nos últimos 12 meses. Apesar da alta, o volume dessas operações caiu 0,2 ponto porcentual em relação ao total de crédito do sistema financeiro, atingindo 65,6%, informou o BC.

Juro médio

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A taxa de juros média do crédito com recursos livres subiu em outubro para 35,4% ao ano, ante 35,1% ao ano em setembro, de acordo com os dados do BC. A taxa média de juros para pessoa física passou de 39,4% para 40,4% ao ano, enquanto a taxa para pessoa jurídica (empresas) teve pequeno recuo, passando de 29% para 28,7% ao ano de setembro para outubro.

O spread bancário – diferença entre a taxa de captação e de repasse do dinheiro pelas instituições financeiras – médio do crédito livre subiu de 24,1 pontos porcentuais para 24,4 pontos porcentuais ao ano, de setembro para outubro. O spread para pessoa física passou de 28 para 29 pontos porcentuais, enquanto para pessoa jurídica caiu de 18,5 pontos porcentuais para 18,1 pontos no período.

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Inadimplência

As taxas de inadimplência das operações de crédito para empresas e famílias mantiveram em outubro o mesmo patamar apurado em setembro, segundo o BC. No caso das pessoas físicas, a taxa ficou em 6,0%, enquanto a taxa para as pessoas jurídicas manteve-se em 3,5%. Com isso, a taxa média de inadimplência, que considera as operações com atrasos superiores a 90 dias, ficou em 4,7% no mês passado, o mesmo nível apurado no mês anterior.