Mesmo com o crédito cada vez mais acessível, o uso de modalidades mais tradicionais de empréstimos continua crescendo. Nos primeiros quatro meses de 2010, os paranaenses emprestaram R$ 140,9 milhões da Caixa Econômica Federal, utilizando como garantia o penhor. O número representa um crescimento de 7,7% sobre os R$ 130 milhões contratados no mesmo período do ano passado. Nos próximos meses, a expectativa é de mais crescimento, já que a instituição ampliou, recentemente, de R$ 50 mil para R$ 100 mil o limite dos créditos.
A nova medida chegou junto com um aumento de 38,8%, para R$ 7,8 bilhões, no total disponível para os empréstimos, no País. No primeiro quadrimestre do ano, os brasileiros fecharam 2,8 milhões de contratos e emprestaram R$ 1,896 bilhão. O crescimento foi parecido com o observado no Paraná: 7,5% mais que nos quatro primeiros meses de 2009, quando o total foi de R$ 1,763 bilhão.
De acordo com a Caixa, as mulheres são representam quase três quartos (74%) dos clientes que tomam empréstimos sob penhor. A maioria (55%) está na faixa etária dos 35 a 50 anos. Uma pesquisa do banco em todas as regiões do País também mostrou que a maior parte (70%) dos penhores tem como objetivo o pagamento de dívidas pessoais.
O levantamento também constatou que bons rendimentos não diminuem a necessidade por esse tipo de empréstimo, já que 51% dos tomadores tinham renda média mensal familiar entre cinco e 20 salários mínimos. Os bens mais comuns que são oferecidos em garantia são joias em metais nobres, com ou sem pedras preciosas, relógios de alta joalheria e canetas de maior qualidade e valor.
Segundo o superintendente nacional de clientes pessoa física renda básica da Caixa, Humberto Magalhães, o aumento do limite de empréstimos para R$ 100 mil torna o produto ainda mais atrativo para os clientes. Ele informa que a maioria dos empréstimos nessa modalidade é de valores menores. Porém, o executivo diz que muitos clientes têm bens de maior valor, que gostariam de utilizar como garantia nos contratos.
Para a Caixa, a facilidade de acesso e a rapidez na contratação estão entre as principais causas da manutenção da popularidade do penhor. Nessa modalidade, o banco não exige, por exemplo, a figura do avalista e libera o dinheiro na hora. Além do bem que servirá como garantia na operação, os interessados em receber crédito via penhor devem levar ao banco documentos como carteira de identidade, CPF e comprovante de residência. Os prazos de contratação vão de um a 180 dias, com possibilidade de renovação.
