Os empréstimos para construção e aquisição de imóveis atingiram R$ 10,51 bilhões em agosto, volume 5,5% acima de julho e 27,7% superior a agosto de 2012, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira, 01, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
No acumulado dos oito meses de 2013, os financiamentos totalizaram R$ 70,12 bilhões, 35,6% mais que igual período do ano passado. Já em 12 meses encerrados em agosto, os financiamentos chegaram a R$ 101,15 bilhões, crescimento de 26,2%.
Em agosto, 50,2 mil imóveis foram financiados. No ano, foram 342,9 mil. O levantamento considera apenas os empréstimos com recursos provenientes da poupança. Pelas regras do Banco Central, 65% do saldo da caderneta deve ser direcionado pelos bancos para o crédito imobiliário.
A Abecip estima que a contratação de financiamentos ultrapasse os R$ 100 bilhões em 2013, o equivalente a um crescimento na faixa dos 20% em relação a 2012, quanto totalizou R$ 82,76 bilhões.
A elevação de R$ 500 mil para até R$ 750 mil no valor de imóveis que podem ser financiados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) – que oferece taxas mais atrativas e a opção de uso do FGTS – deve ter um impacto moderado no volume das contratações, de acordo com avaliação de Octávio de Lazari Junior, presidente da Abecip.
“Em tese, a perspectiva de um aumento no valor médio do financiamento acaba tendo efeito nulo. De um lado, o comprador pode financiar valores maiores, mas por outro, tem a oportunidade de usar o FGTS para amortizar essa dívida”, explicou Lazari, estimando manutenção dos patamares médios das contratações. Com isso, ele também reiterou a projeção de que o funding do crédito imobiliário será suficiente até meados de 2015.
O valor médio dos financiamentos para aquisição de imóveis chegou a R$ 207 mil em agosto, ante R$ 192 mil no ano passado. No mês, os empréstimos representaram 65,1% do valor do imóvel, em média, ante 63,8% em 2012.
Lazari elogiou a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) em limitar os empréstimos a 80% do valor dos imóveis, com exceção dos financiamentos pela tabela SAC, que poderão chegar a 90%. “Essa limitação é importante, porque obriga o comprador a dar uma entrada, mostrar compromisso. Isso contribui para se manter a saúde do mercado”, opinou.