O crédito habitacional liderou, mais uma vez, a expansão dos empréstimos em julho. Dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC) mostram que o total dessas operações realizadas por pessoas físicas e cooperativas habitacionais mostrou expansão de 3,5% em julho ante junho e atingiu R$ 173,286 bilhões.
No acumulado em 12 meses até julho, essas operações registram expansão de 49,2%.
Entre as demais operações de crédito que registraram expansão acima da média em julho, o setor outros serviços apresentou crescimento de 1,8% da carteira no mês, para R$ 314,413 bilhões. O comércio teve aumento dos financiamentos de 1,1%, exatamente na média do mercado, para R$ 189,650 bilhões.
Os financiamentos para pessoas físicas apresentaram expansão de 0,9% no mês passado ante junho e o estoque atingiu R$ 592,191 bilhões. Já a indústria registrou aumento das operações de 0,7% em julho ante junho, para R$ 387,113 bilhões no estoque de empréstimos.
O BC informou hoje que o estoque de crédito na economia brasileira cresceu 1,1% em julho ante junho, atingindo R$ 1,854 trilhão. No acumulado do ano, o crédito tem expansão de 8,7% e, nos últimos doze meses encerrados em julho, de 19,8%. Com o crescimento de julho, o estoque de crédito atingiu 47,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Média diária
A média diária de novos empréstimos nas operações classificadas como crédito livre apresentou retração de 5,1% em julho, na comparação com junho, de acordo com o Banco Central. Apesar da retração mensal, a média diária acumulada nos últimos 12 meses ainda apresenta expansão de 12,1%, na comparação com igual período anterior. Segundo o BC, os bancos emprestaram uma média de R$ 8,477 bilhões a cada dia no mês passado.
Por setores, as operações para pessoas físicas apresentaram retração de 2,5% na média das concessões diárias na comparação com junho. As instituições financeiras emprestaram R$ 3,493 bilhões a cada dia de julho. Já no segmento para pessoas jurídicas, a média diária de novos empréstimos caiu 6,9%, para R$ 4,984 bilhões a cada dia de julho.
Base monetária
A base monetária ficou estável em julho, totalizando R$ 179,955 bilhões, no conceito de média do saldo dos dias úteis. O estoque de papel moeda emitido teve alta de 0,8% no mês, para R$ 136,425 bilhões, enquanto as reservas bancárias recuaram 2,7%, para R$ 43,530 bilhões. Nos últimos doze meses, a base monetária pelo critério de médias tem alta de 8,2%, com o papel moeda emitido subindo 10,7% e as reservas bancárias, 1%.
Pelo critério de saldo em final de período, a base monetária teve queda de 4,4% em julho, ante junho, para R$ 182,099 bilhões. O papel moeda emitido teve alta de 1,7%, para R$ 136,240 bilhões, enquanto as reservas bancárias recuaram 19%, para R$ 45,859 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses, a base monetária teve alta de 12% na ponta, com avanço de 10% no papel moeda emitido e de 18,7% nas reservas bancárias.