A inadimplência entre pessoas físicas registrou ligeira queda de 0,1% no acumulado de janeiro a maio deste ano em relação a igual período de 2003, segundo levantamento feito pela Serasa.

De acordo com a Serasa, muitos consumidores têm aderido ao crédito pessoal para complementar a renda familiar e pagar as dívidas. O destaque nesse tipo de empréstimo é a operação consignada, com desconto em folha de pagamento, cujas taxas de juros variam em torno de 2% ao mês. Em maio, de acordo com dados da Serasa, o total desse tipo de crédito oferecido pelos bancos estava em R$ 7,8 bilhões, valor 8% maior do que o verificado em abril.

Essa redução, embora pequena, é resultado também da reação na atividade econômica, que levou o consumidor a regularizar suas pendências financeiras, em vez de assumir novas dívidas, avaliam os técnicos da Serasa.

O levantamento da Serasa é feito com base nos registros de cheques devolvidos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras.

“Para o consumidor, o desemprego, a queda da renda, os juros elevados, o aumento das tarifas públicas, a não correção da tabela de Imposto de Renda e a criação de novos impostos e taxas formam um conjunto de fatos determinantes para a menor renda disponível, o que dificulta o pagamento de compromissos assumidos anteriormente”, divulgou.

Em maio, porém, houve aumento de 6,8% na inadimplência de pessoa física em relação a abril.

Cheques

Em maio deste ano, os cheques devolvidos representaram 36% do total do indicador de inadimplência pessoa física da Serasa. O percentual é o mesmo registrado em maio do ano passado.

O segundo maior índice na representatividade é o registro de inadimplência de cartões de crédito e financeiras, que em maio teve participação de 33%, também a mesma registrada em 2003.

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