O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, admitiu nesta segunda-feira (12) que a tarefa de ampliar a participação do Brasil no comércio mundial não é fácil já que a economia internacional está em processo de desaceleração. Entretanto, diante de uma platéia de empresários na sede do BNDES, o presidente do banco de fomento afirmou que a meta de ampliar a participação do Brasil para 1,25% (US$ 208,8 bilhões) nas exportações mundiais até 2010 é factível. Ele lembrou que essa meta significa um crescimento médio anual de 9 1% entre 2008 e 2010.
Durante a apresentação dos pontos da nova política industrial, a chamada Política de Desenvolvimento Produtivo, o presidente do BNDES, afirmou que a política elaborada é abrangente, mas tem foco. Tanto que foram listados sete setores que vão buscar consolidar a liderança no mercado internacional: petróleo e gás natural; mineração; siderurgia; bioetanol; celulose e papel; carnes e complexo aeronáutico. Em seu discurso, Coutinho lembrou que o programa traça políticas claras de como estes segmentos podem crescer.
Enquanto falava sobre a parte que cabe ao BNDES no fomento à Política de Desenvolvimento Produtivo, Coutinho foi aplaudido pelos empresários ao anunciar uma ampliação no prazo das linhas de crédito do Finame de cinco para dez anos.
Os empresários presentes comemoraram também quando Coutinho informou que o BNDES terá linha de crédito com taxa especial para projetos de empresas que tenham investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Para estes casos, a taxa será de 4,5% ao ano.
TI
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, considerou naturais eventuais críticas à nova política industrial, lançada hoje pelo governo no auditório do BNDES, por privilegiar o setor de Tecnologia da Informação (TI), mas enfatizou que as medidas do novo programa são abrangentes, beneficiando praticamente todos os segmentos industriais.
"Qualquer coisa que se faça no Brasil sofre críticas. Estamos em um regime democrático", frisou.
Bernardo justificou o tratamento preferencial dado às empresas exportadoras de software porque gera emprego de qualidade, agrega valor às exportações e estimula a inovação tecnológica, além de ampliar o potencial exportador do País.
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