Coutinho cobra postura dos bancos contra crise

As instituições de desenvolvimento de grande porte devem adotar uma postura mais agressiva na concessão de créditos “para que a América Latina sofra menos” com os impactos da crise financeira mundial. A afirmação foi feita nesta terça-feira (4) pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

Ao participar do 4º Encontro de Entidades de Crédito Especializadas em Médio e Longo Prazos da América Latina e Europa, Coutinho disse que é hora de “apresentar iniciativas concretas de cooperação entre as nações latino-americanas. Segundo ele, o período de recessão, de crescimento baixo e concessão restrita de crédito pede “maior responsabilidade social, incremento do comércio birregional e maior investimento nas pequenas empresas”.

Coutinho ressaltou, porém, que não está prevista no BNDES a criação de linha de capital de giro para as empresas, pois espera-se que o setor privado reative o crédito, uma vez que não há motivo para os bancos brasileiros deixarem de fazer empréstimos, como ocorre hoje em outros países. “Nossos bancos não têm os níveis de alavancagem que os bancos no exterior têm. Logo, nossos bancos podem e devem voltar a emprestar”.

Por causa da crise, a previsão do BNDES, que era de fechar 2008 com desembolsos de US$ 85 bilhões deve aumentar. Coutinho disse, entretanto, que ainda não sabe de quanto será o aumento.

Ele também manifestou preocupação com o primeiro trimestre de 2009, no qual, segundo ele, deverão ser sentidos os efeitos mais graves da crise. “A resposta do Brasil deve ser enérgica nesse período”.

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