Apesar da recuperação do mercado acionário durante o dia, com a volta de investidores estrangeiros às compras no Ibovespa, o dólar ainda manteve a cotação de R$ 2 e a queda não foi tão acentuada nem no momento em que o Ibovespa acentuou os ganhos.
A explicação para isso é o fato de não haver mais tanta oferta de crédito em moeda estrangeira disponível no País. Para completar o quadro, ainda há o fato de não acontecer mais Ofertas Públicas Inicias de Ações (IPOs, na sigla em inglês), que são operações muito atrativas para o capital estrangeiro. Os recursos para investimentos diretos também reduziram com a crise de liquidez mundial.
“A equação é simples: passou a entrar menos dólar no Brasil. Em contrapartida, as operações normais de saída de dólar continuam a acontecer. Um exemplo são as empresas que continuam pagando os materiais importados que compraram para investir na produtividade”, comentou José Costa Gonçalves, gestor de investimentos da Corretora Indusval.
Diante do cenário de pouca entrada de dólar no País é comum, quando as bolsas começam a cair, investidores estrangeiros desfazerem-sede suas posições em ações brasileiras.
Isso leva a mais valorização do dólar. Na opiniãode especialistas, enquanto as incertezas predominarem nos mercados, a moeda americana deve manter-se entre R$ 1,80 e R$ 2.