O ministro das Comunicações, Hélio Costa, previu nesta segunda-feira (17) um ágio total de cerca de 40% para o leilão de licenças da terceira geração da telefonia celular (3G), previsto para amanhã. "A última informação que eu tive é de que já passam de R$ 4 bilhões", disse o ministro, sobre a expectativa de arrecadação com a venda de licenças.
Segundo ele, o governo estimava que todas as licenças fossem vendidas, mas que não haveria ágio. Os lances, portanto, ficariam restritos ao preço mínimo, que é de R$ 2,8 bilhões. "O governo achava que a arrecadação seria de R$ 2,8 bilhões e, de repente, a coisa explodiu", afirmou o ministro, ressaltando que o mercado brasileiro de telecomunicações no Brasil é muito atrativo.
Serão colocadas à venda 44 licenças, distribuídas em 11 áreas de atuação. Se inscreveram para participar do leilão oito empresas, entre elas as operadoras Vivo, TIM, Claro, Oi e Brasil Telecom. A expectativa do mercado é de que as licenças mais disputadas serão aquelas dos grandes centros urbanos, especialmente as licenças da Região Metropolitana de São Paulo e as do interior paulista.
A tecnologia da terceira geração amplia a capacidade do celular, permitindo às operadoras oferecerem serviços de banda larga. A conexão à internet em alta velocidade transforma o telefone móvel em uma espécie de computador portátil e possibilita ao cliente enviar e baixar arquivos mais pesados, como vídeos, fotos e músicas.
O leilão está marcado para as 10 horas de amanhã (terça-feira), na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília.