Corte de gasto do Barclays deve trazer pouca mudança

O CEO do Barclays, Antony Jenkins, anunciará na terça-feira um plano para reduzir gastos, mas, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, a estratégia do banco deverá permanecer quase intacta.

Jenkins assumiu o posto no ano passado, depois que seu antecessor, Robert Diamond, renunciou em meio ao escândalo envolvendo a manipulação de taxas de juros interbancários por funcionários do banco. Uma das decisões tomadas pelo novo CEO foi dividir o Barclays em 75 unidades, com o objetivo de eliminar os negócios não-lucrativos ou que poderiam arranhar a imagem do banco.

As mudanças resultantes dessa estratégia, segundo fontes, serão pouco significativas.

O banco de investimento do Barclays deverá demitir 2 mil funcionários, ou cerca de 10% dessa divisão.

Os cortes que Jenkins vai anunciar deverão afetar principalmente as áreas em que o Barclays está bem atrás da concorrência, como a venda e negociação de ações na Ásia e na Europa continental, de acordo com analistas.

Algumas das mudanças são motivadas mais pela necessidade de melhorar a imagem do banco. Segundo executivos, alguns negócios que não parecem “socialmente úteis” podem ser eliminados ou reduzidos. Por exemplo, o Barclays pretende deixar, pelo menos parcialmente, a negociação de soft commodities como o café – um negócio lucrativo. Isso porque, segundo críticos, a negociação especulativa com essas commodities contribui para inflação de alimentos.

Jenkins também deve reduzir significativamente a área de planejamento de impostos, que presta consultoria a clientes que querem diminuir sua carga tributária. As informações são da Dow Jones.

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