Os correntistas devem assumir parte dos custos do resgate ao setor bancário do Chipre, afirmou o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäeuble, neste sábado, após elogiar o acordo sem precedentes para resgatar o país, que faz parte da zona do euro.
Nas primeiras horas deste sábado, o Chipre concordou com um imposto compulsório sobre depósitos bancários com o objetivo de assegurar um resgate de 10 bilhões de euros da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Trata-se da primeira vez que correntistas assumirão uma parte do acordo de resgate na zona do euro.
“Proprietários, credores e depositantes têm de dividir os custos com os bancos”, declarou o ministro de Finanças em comunicado. “O setor bancário do Chipre será significativamente reduzido para um nível sustentável”, acrescentou.
O país vai melhorar suas receitas e renovar sua economia por meio da reforma e consolidação fiscal, afirmou Schäeuble. As questões sobre lavagem de dinheiro que preocuparam o Chipre durante as negociações, também serão abordadas.
O ministro de finanças alemão disse que vai pedir que o Parlamento de seu país aprove com urgência o mandado para que a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, grupo que é conhecido como troica, iniciem as negociações para detalhar o plano. O governo vai então apresentar os detalhes ao Parlamento e pedir a aprovação final para o resgate na segunda metade de abril. As informações são da Dow Jones.