Correios exportarão produtos orgânicos do Estado

Foi firmado ontem, durante a Feira Orgânica 2009, uma das atrações do 28.ª edição da Feira e Convenção Paranaense de Supermercados (Mercosuper), um convênio que vai viabilizar para os produtores orgânicos do Paraná exportar sua produção para o exterior.

Voltada para o micro e pequeno agricultor orgânico, o acordo envolve a Grife Orgânica, braço do Parque de Tecnologia Social (PTS), o Instituto de Comércio Exterior do Paraná (Cexpar), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e os Correios.

De acordo com o coordenador da Grife Orgânica, Fábio Carneiro Cunha, o objetivo desse acordo é permitir que esses produtores possam levar seus produtos para mercados fora do país.

“Há um projeto piloto para exportar frutas secas, mais especificamente o caqui e o mel. Além desses produtos, atualmente exportamos chá verde orgânico e chá verde com canela orgânico para o Canadá, Estados Unidos, França e Alemanha. Fizemos tudo isso utilizando o serviço Exporta Fácil, dos Correios, que vai viabilizar esse trabalho”, informa.

A ideia para esse projeto surgiu após reuniões com cooperativas de produtores orgânicos. Como havia essa dificuldade em levar seus produtos para outros paladares, surgiu essa possibilidade.

“O interessante do ‘Exporta Fácil’ é a ausência de burocracia. Assim, o produtor vai ter uma redução de custos a quase zero e não vai encontrar dificuldades em exportar suas mercadorias. Contudo, esse trabalho também vai dar orientações técnicas para que o produtor saiba, por exemplo, qual mercado consumidor seu produto se adequaria melhor, entre outros tópicos. Qualquer agricultor orgânico que se interessar por esse programa poderá participar, de qualquer agência dos Correios”, garante Cunha.

A principal vantagem do envio via postal é a simplificação do despacho aduaneiro e a redução dos custos de embarque e o valor por remessa, que pode ser de até US$ 50 mil.

O serviço é oferecido hoje através de 8 mil agências dos Correios habilitadas, espalhadas por todo País. Assim, o exportador não precisa se deslocar até as capitais ou cidades onde existe autoridade da alfândega para cuidar da liberação das remessas.

A meta é incentivar cada vez mais os micro e pequenos produtores a exportar seus produtos. Por ser um setor formado quase que exclusivamente por agricultores familiares, os custos para enviar seus produtos para outros países seria elevado, o que acabaria por inviabilizar todo o negócio.

Com esse convênio, a possibilidade para isso ocorrer é concreta e, em um segundo momento do programa, deverá ocorrer a formação de um consórcio de exportação, o que vai permitir aumentar consideravelmente a exportação.

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