A entrada dos Correios no projeto do trem de alta velocidade (TAV) ainda não está definida. A informação foi dada hoje (10) pelo diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, depois de uma reunião com o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, para discutir o assunto. “Não está fechada (a participação), mas tem grande interesse (por parte dos Correios)”, declarou.
Segundo Figueiredo, o trem-bala tem vários atrativos como negócio para os Correios em função do grande volumes de cargas da estatal no trecho entre Rio, Campinas e São Paulo, por onde passará o TAV. Ele disse que, só por transporte terrestre, os Correios necessitam de 58 caminhões por dia para fazer o transporte de carga naquela região. Nesse cenário, o TAV seria interessante porque é mais rápido que os caminhões e mais adequado do ponto de vista ambiental.
Figueiredo observou, no entanto, que o negócio ainda está sendo analisado pelos Correios e, ao final dos estudos, a estatal definirá se fará parte do projeto ou não. De acordo com o diretor geral da ANTT, em caso de uma eventual associação dos Correios ao empreendimento, isso ocorrerá depois do resultado do leilão, marcado para abril. “Eles (os Correios) não estão tentando se associar a A, B ou C, eles têm intenção de se engajar no negócio”, afirmou.
O diretor geral da ANTT explicou que uma das possibilidades é de que os Correios façam um termo de adesão aos consórcios participantes da licitação, garantindo sua entrada no grupo depois do resultado da licitação. Na visão de Figueiredo, a entrada dos Correios é positiva para o TAV, mas ele explicou que se trata de uma decisão de caráter empresarial, que não precisa passar pelo crivo da ANTT. “Não implica alterar o edital (do leilão), não terá condição privilegiada”, reiterou Bernardo, ressaltando que os Correios “serão um investidor como qualquer outro”.
Questionado sobre uma possível entrada da Eletrobras no projeto do trem-bala, Figueiredo disse que desconhece o assunto. “Nunca conversei com eles (a Eletrobras) sobre isso”, afirmou. De acordo com ele, a eventual entrada da Eletrobras no projeto do TAV ocorreria nos mesmos moldes que os Correios.
Figueiredo frisou que a ANTT não está encabeçando nenhuma negociação para o ingresso de estatais no projeto do TAV. “O governo pode até estar fazendo isso, mas eu não sei. Mas acho que não é necessário”, disse. Para o diretor geral da ANTT, haverá um número razoável de concorrentes no leilão do TAV.
ANTT: eventual entrada dos Correios no TAV só ocorrerá após leilão
Por Karla Mendes
Brasília, 10 (AE) – A entrada dos Correios no projeto do trem de alta velocidade (TAV) ainda não está definida. A informação foi dada hoje (10) pelo diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, depois de uma reunião com o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, para discutir o assunto. “Não está fechada (a participação), mas tem grande interesse (por parte dos Correios)”, declarou.
Segundo Figueiredo, o trem-bala tem vários atrativos como negócio para os Correios em função do grande volumes de cargas da estatal no trecho entre Rio, Campinas e São Paulo, por onde passará o TAV. Ele disse que, só por transporte terrestre, os Correios necessitam de 58 caminhões por dia para fazer o transporte de carga naquela região. Nesse cenário, o TAV seria interessante porque é mais rápido que os caminhões e mais adequado do ponto de vista ambiental.
Figueiredo observou, no entanto, que o negócio ainda está sendo analisado pelos Correios e, ao final dos estudos, a estatal definirá se fará parte do projeto ou não. De acordo com o diretor geral da ANTT, em caso de uma eventual associação dos Correios ao empreendimento, isso ocorrerá depois do resultado do leilão, marcado para abril. “Eles (os Correios) não estão tentando se associar a A, B ou C, eles têm intenção de se engajar no negócio”, afirmou.
O diretor geral da ANTT explicou que uma das possibilidades é de que os Correios façam um termo de adesão aos consórcios participantes da licitação, garantindo sua entrada no grupo depois do resultado da licitação. Na visão de Figueiredo, a entrada dos Correios é positiva para o TAV, mas ele explicou que se trata de uma decisão de caráter empresarial, que não precisa passar pelo crivo da ANTT. “Não implica alterar o edital (do leilão), não terá condição privilegiada”, reiterou Bernardo, ressaltando que os Correios “serão um investidor como qualquer outro”.
Questionado sobre uma possível entrada da Eletrobras no projeto do trem-bala, Figueiredo disse que desconhece o assunto. “Nunca conversei com eles (a Eletrobras) sobre isso”, afirmou. De acordo com ele, a eventual entrada da Eletrobras no projeto do TAV ocorreria nos mesmos moldes que os Correios.
Figueiredo frisou que a ANTT não está encabeçando nenhuma negociação para o ingresso de estatais no projeto do TAV. “O governo pode até estar fazendo isso, mas eu não sei. Mas acho que não é necessário”, disse. Para o diretor geral da ANTT, haverá um número razoável de concorrentes no leilão do TAV.