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O valor das incorporações, obras e serviços realizados pela indústria da construção em 2013 totalizou R$ 357,7 bilhões, um crescimento real de 3,7% em relação a 2012. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) referente a 2013. No mesmo período, a receita operacional líquida do setor avançou 5,3% em termos reais, para R$ 337,6 bilhões.

O resultado, segundo o órgão, foi influenciado positivamente pela maior oferta de crédito imobiliário, por programas de investimento como Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida (MCMV), além das obras para a Copa do Mundo 2014. “Em conjunto, esses fatores contribuíram para que fossem realizados investimentos em obras de infraestrutura e na construção de edificações residenciais”, destacou o IBGE.

Há dois anos, o IBGE mapeou cerca de 111,9 mil empresas ativas na indústria da construção, 5,5% a mais do que em 2012. Essas companhias empregavam 2,961 milhões de pessoas, uma expansão de 4,8% no período.

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O gasto total com o pessoal ocupado correspondeu a 33,9% do total dos custos e despesas das empresas de construção, resultado superior à participação em 2012 (32,6%), e atingiu o valor de R$ 102,3 bilhões. O salário médio mensal ficou em R$ 1.750,88 em 2013, um ganho real de 0,6% frente ao ano anterior.

O setor de construção de edifícios foi o que mais contribuiu para o avanço do setor em 2013, com participação de 42,8% no valor nominal das incorporações, obras e serviços. Em seguida vêm as obras de infraestrutura, com uma fatia de 39,4%. Ambos, porém, perderam espaço para os serviços especializados, que há dois anos responderam por 17,8% do valor das incorporações.

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Infraestrutura

Considerando apenas as empresas com 30 funcionários ou mais, o valor corrente total das incorporações chegou a R$ 292,5 bilhões em 2013, alta real de 1,7% sobre 2012. Neste recorte, a maior fatia ficou com as obras de infraestrutura, que sofrem influencia dos R$ 62,2 bilhões desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) naquele ano.

Segundo o IBGE, o valor das obras de infraestrutura realizada por empresas com 30 funcionários ou mais totalizou R$ 129,6 bilhões, sendo que R$ 17,7 bilhões foram de instalações esportivas (possivelmente efeito da Copa do Mundo) e R$ 726,5 milhões de pistas de aeroportos (com provável conexão com as concessões no setor).

As obras residenciais ganharam espaço e vieram em segundo lugar. De acordo com o IBGE, o valor nominal dessas construções chegou a R$ 76,6 bilhões em 2013. “O aumento da participação deste grupo nos últimos anos está diretamente relacionado à expansão do crédito imobiliário e do número de unidades financiadas, ambas influenciadas pela redução das taxas de juros naquele período, ampliação dos prazos de financiamento, aumento da renda e do emprego, além de alterações no marco regulatório do crédito imobiliário”, destacou o instituto.

Regiões

Em termos regionais, o Sudeste continuou à frente das demais regiões em termos de participação no pessoal ocupado (55,0%) e no valor das incorporações, obras e serviços da construção (61,9%). Apesar disso, as regiões Norte e Nordeste foram as que mais ganharam espaço no cenário nacional da atividade entre 2012 e 2013.