A nota enviada anteriormente contém incorreções no trecho sobre lucros e dividendos de empresas multinacionais instaladas no Brasil. A remessa no mês passado somou US$ 1,845 bilhão, e não US$ 184 milhões, como constava. Os dados de base de comparação e do acumulado do ano também estavam incorretos. Segue texto corrigido.

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Após o superávit de US$ 283 milhões em fevereiro, o resultado das transações correntes seguiu positivo em US$ 798 milhões em março deste ano, informou nesta quarta-feira, 25, o Banco Central. A instituição projetava para o mês passado superávit em conta de US$ 200 milhões.

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O número superou o teto do intervalo das estimativas do Projeções Broadcast, que iam de US$ 600 milhões a superávit de US$ 600 milhões (mediana de zero). A estimativa atual do BC, atualizada em março, é de que o rombo externo de 2018 seja de US$ 23,3 bilhões.

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A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 5,974 bilhões em março, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 2,776 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 2,577 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou no azul em US$ 1,047 bilhão.

No acumulado do primeiro trimestre de 2018, o rombo nas contas externas soma US$ 3,219 bilhões.

Já nos 12 meses até março deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 8,337 bilhões, o que representa 0,41% do Produto Interno Bruto (PIB).

Lucros e dividendos

A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 1,845 bilhão em março, informou o Banco Central. A saída líquida representa volume menor que os US$ 5,199 bilhões que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.

No acumulado do primeiro trimestre, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 2,882 milhões. A expectativa do BC é de que a remessa de lucros e dividendos deste ano some US$ 24,5 bilhões.

Viagens internacionais

A conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em março, informou o Banco Central. No mês passado, quando o dólar subiu 2,43% ante o real, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de US$ 980 milhões. Em igual mês de 2017, o déficit nessa conta foi de US$ 883 milhões.

O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,524 bilhão em março. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 544 milhões no mês passado.

No primeiro trimestre, o saldo líquido dessa conta está negativo em US$ 2,998 bilhões. Para 2018, o BC estima um déficit de US$ 17,3 bilhões para esta rubrica, mais que os US$ 13,192 bilhões de déficit registrados em 2017.

Gastos com juros externos

O Banco Central informou ainda que as despesas com juros externos somaram US$ 754 milhões em março, ante US$ 1,332 bilhão em igual mês do ano passado.

No acumulado do primeiro trimestre, essas despesas alcançaram US$ 5,868 bilhões. Para este ano, o BC projeta pagamento de juros no valor de US$ 19,4 bilhões.