A nota enviada anteriormente contém uma incorreção no título. O Fed decidiu manter compras de US$ 85 bilhões em bônus e não de US$ 25 bilhões.
O Federal Reserve manteve inalterado nesta quarta-feira seu programa de estímulos, com a compra mensal de US$ 85 bilhões em títulos lastreados em hipotecas (MBS, na sigla em inglês) e Treasuries. O banco central dos EUA disse que precisa ver mais sinais de que a recuperação da economia pode se sustentar antes de reduzir as compras de bônus. Mesmo assim, os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deixaram claro que estão prontos para reduzir o programa de estímulo se perceberem mais evidências de um fortalecimento na economia.
Os membros do Fomc citaram preocupações de que as condições financeiras se tornaram mais apertadas nos últimos meses e que essas condições podem desacelerar a economia caso se mantenham. O comitê decidiu “esperar mais evidências de que o progresso será sustentado antes de ajustar o ritmo das compras”, ressaltando que os estímulos não têm uma trajetória predeterminada.
O Fed deixou claro que ainda não viu a “melhora substancial” no mercado de trabalho que significaria que os estímulos já não são mais necessários. Em relação à taxa de juros, o banco central manteve os “gatilhos”, afirmando que os juros permanecerão em níveis excepcionalmente baixos enquanto o desemprego continuar acima de 6,5% e desde que a inflação continue abaixo de 2,5%. No sumário de projeções econômicas dos membros do Fed, a maioria dos integrantes acredita que os juros serão elevados somente em 2015.
Embora os mercados financeiros tenham entrado em pânico quando Bernanke mencionou pela primeira vez a possibilidade de reduzir os estímulos ainda este ano, no fim de maio, nos últimos dias o consenso entre os analistas era de que o banco central reduziria levemente os estímulos, com um corte de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões.
A votação para manter os estímulos e os juros inalterados teve nove votos favoráveis e um contrário, da presidente do Fed de Kansas City, Esther George, que queria reduzir as compras de bônus. Para ela, que foi o voto dissidente nas seis reuniões do Fomc este ano, a acomodação monetária no ritmo atual pode prejudicar a estabilidade financeira. A membro da diretoria do Fed Sarah Bloom Raskin não participou da reunião porque espera a aprovação da sua nomeação para o cargo de vice-secretária do Tesouro. Elizabeth Duke também não participou, pois renunciou ao seu cargo no banco central no fim de agosto. Fonte: Dow Jones Newswires.