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Correção: Banco Central projeta superávit do setor externo de US$ 1,5 bi em maio

A nota enviada anteriormente contém incorreções a partir do trecho que cita as ações negociadas. Os valores divulgados são expressos em dólares norte-americanos (US$), e não como constou (em reais). Segue texto corrigido.

O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta terça-feira, 23, que o superávit do setor externo de abril continuou o movimento já visto em março. Além disso, segundo ele, este movimento deve seguir em maio. “O BC estima um superávit em conta corrente de US$ 1,5 bilhão em maio”, adiantou Rocha.

De acordo com ele, o resultado de janeiro a abril da conta corrente, de déficit de US$ 3,500 bilhões, já representa o melhor resultado para o quadrimestre desde 2007, quando houve superávit de US$ 1,8 bilhão. “O resultado da conta corrente tem sido puxado pela balança comercial que, no mês passado, registrou o melhor desempenho para meses de abril desde o início da série histórica, em 1995”, afirmou. No mês passado, o saldo comercial foi positivo em US$ 6,742 bilhões.

Rocha explicou que, se por um lado a balança comercial ajuda a reduzir o déficit em conta, por outro, o aumento na conta de renda primária atua para aumentar o déficit. Em abril, o resultado da renda primária foi negativo em US$ 3,227 bilhões.

Já o Investimento Direto no País (IDP), de US$ 5,577 bilhões, foi destaque positivo em abril. “O IDP manteve um resultado sólido e significativo”, disse Rocha, que também destacou os ingressos na renda fixa, de US$ 4,351 bilhões em abril. “Com isso, tivemos cenário de superávit em conta corrente, com ingressos significativos na conta financeira”, afirmou.

Rocha afirmou ainda que, com os resultados apresentados, a posição vendida de câmbio dos bancos caiu de US$ 21,9 bilhões no fim de março para US$ 12,8 bilhões no fim de abril.

O chefe adjunto do Banco Central informou que a estimativa da instituição para o IDP em maio é de US$ 2,8 bilhões.

Durante coletiva de imprensa para apresentação dos números do setor externo, ele reconheceu que maio foi um mês com menor intensidade de transações de IDP. No entanto, ele disse que isso não é resultado da crise política. “Não há impacto (da crise política) na entrada de investimentos diretos”, disse Rocha, lembrando que a decisão de investimento, no caso de IDP, não ocorre de um dia para outro, mas é de longo prazo.

De acordo com Rocha, a expectativa é de que o investimento direto continue “robusto e financiando a conta corrente”.

Ações negociadas

O movimento dos investidores se inverteu em maio em relação a abril, de acordo com dados do Banco Central. Segundo Rocha, houve ingresso em ações domésticas em maio de US$ 184 milhões (até 19 de maio), enquanto em abril foi registrada saída de US$ 896 milhões.

Já no mercado doméstico de renda fixa, houve saída líquida em maio (- US$ 2,450 bilhões), ao contrário do que ocorreu no mês passado (US$ 4,351 bilhões). Já a taxa de rolagem superou os 100% em maio, ficando em 160% até dia 19, sendo 497% em relação a títulos de longo prazo e 100% em empréstimos diretos.

Viagens

Em relação à conta de serviços, Rocha disse que o déficit deverá continuar com tendência de crescimento, puxado pelos gastos com viagens e transportes. Até o dia 19 de maio, a conta de viagens foi deficitária em US$ 805 milhões, com receitas de US$ 278 milhões e despesas de US$ 1,084 bilhão.

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