A Coréia do Sul vai liberar a importação de frango brasileiro a partir do próximo dia 31 de maio. O país asiático nunca permitiu a entrada do frango brasileiro devido à falta de um acordo fitossanitário. Quatro produtores serão beneficiados com a medida: Sadia, Perdigão, Frangosul e Seara.
A informação foi dada pelo ministro Roberto Rodrigues (Agricultura). ?É uma notícia maravilhosa para a avicultura brasileira?, afirmou ele ao deixar o Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, onde participou do seminário ?Novos Instrumentos Privados para o Financiamento do Agronegócio?. O ministro havia recebido a notícia sobre a liberação no carro, por meio de um telefonema. Ficou visivelmente emocionado. ?Puxa, deu certo!?, disse.
A Coréia do Sul tem potencial para importar entre 60 e 80 mil toneladas de frango por ano, segundo projeção feita em janeiro por Maçao Tadano, assessor especial do Ministério da Agricultura.
Ele afirmou na época que o ministério havia aceitado os ajustes sugeridos pelos coreanos no certificado sanitário internacional, medida essencial para a liberação das importações.
O interesse da Coréia do Sul em importar aves do Brasil aumentou após a ocorrência de casos de gripe de frango nos seus tradicionais fornecedores.
Rodrigues lembrou que o Brasil é hoje campeão mundial de abates e um dos maiores exportadores de carne em todo o mundo.
No primeiro trimestre deste ano, segundo o Ministério da Agricultura, as exportações de carnes subiram 25,7%, alcançando US$ 1,4 bilhão, equivalentes a cerca de R$ 3,6 bilhões. Em igual período de 2004, a comercialização de carnes para outros países renderam US$ 1,1 bilhão, ou R$ 2,9 bilhões.
Paraná
O Paraná confirmou em 2004 sua liderança: foram abatidas mais de 926,189 milhões de cabeças – 14% mais do que em 2003. Em todo o Estado são 33 unidades abatedoras associadas ao Sindicato dos Abatedouros e Empresas Avícolas do Paraná (Sindiavipar), sendo que 20 delas estão habilitadas a exportar. Em dois anos o Paraná duplicou os embarques de carne de frango para o exterior, passando dos US$ 336,11 milhões em 2002 para US$ 683 milhões em 2004. A venda de produtos de maior valor agregado, como cortes especiais e pré-cozidos, é uma das razões para a alta recorde de faturamento nas exportações. ?As empresas paranaenses têm todas as condições para atender os pedidos de acordo com o perfil de cada país comprador, o que resulta em um faturamento maior no fim do ano?, afirmou o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins.
No ano passado, a produção de frango no Estado foi de 1.852.000 toneladas, sendo que 36% do volume (681.597 toneladas) foi para o mercado externo.