O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, afirma na ata divulgado hoje sobre a decisão de manter o juro básico do País em 11,25% ao ano, que a margem de segurança da condução de política monetária foi reduzida sensivelmente. Ao se referir à necessidade de prudência nas decisões sobre o juro no País, o documento cita, no 22º parágrafo, que "a prudência passa a ter papel ainda mais importante, dentro desse processo, em momentos como o atual, nos quais a deterioração do balanço dos riscos inflacionários reduz sensivelmente a margem de segurança da política monetária".
Na ata da reunião anterior, de outubro, a explicação dos diretores do BC era semelhante, mas não foi usado o termo "sensivelmente". Na ocasião, o texto dizia que "a deterioração do balanço dos riscos inflacionários reduz a margem de segurança da política monetária".
Segundo o documento divulgado nesta quinta, a estratégia do Copom "tem se mostrado a mais indicada para lidar com a incerteza inerente ao processo de formulação e implementação da política monetária". "Daí a importância atribuída às projeções de inflação, ao balanço de riscos associado ao cenário prospectivo e, especialmente, à ação preventiva no processo decisório do Comitê", cita o documento no parágrafo 22.
