NO BANCO CENTRAL

Copom decide nesta quarta se eleva taxa básica de juros

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC semanalmente esperam por mais uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa, que atualmente está em 12,25% ao ano. Neste ano, o Copom elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, em janeiro e março, e em 0,25 ponto percentual, em abril e junho.

O Copom aumenta a Selic quando a economia está aquecida, com trajetória de inflação em alta. Nesse cenário de economia aquecida, a procura por bens e serviços cresce e há dificuldade para a indústria, o comércio e o setor de serviços suprirem o consumidor na mesma proporção do aumento da demanda. Como o aumento da demanda e da oferta não tem o mesmo ritmo, os preços sobem, gerando inflação.

O principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação é elevar a taxa Selic, como forma de tornar o crédito mais caro. Ao elevá-la, a ideia do BC é estimular a poupança e conter a expansão excessiva da demanda. Mas há economistas que criticam esse método de combate à inflação com o aumento da Selic. Isso porque o aumento dos juros onera investimentos empresariais e agrava a dívida pública.

Cabe ao BC controlar a inflação e atingir a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente da autoridade monetária. Para este ano, 2012 e 2013, a meta de inflação tem como centro 4,5% e margem de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 6,5%.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem ressaltado que a inflação só deve convergir para o centro da meta em 2012. Segundo projeção do BC, a estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é 5,8%, neste ano, e 4,8%, em 2012.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,15% em junho, a quinta redução mensal consecutiva este ano. No acumulado de 2011, o IPCA chega a 3,87%. Em 12 meses encerrados em junho, a inflação está em 6,71%, a maior desde julho de 2005, que havia apresentado taxa anualizada de 7,27%.

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