O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou ontem, com atraso (às 17h), a reunião mensal de dois dias para avaliar a condução das diretrizes de política monetária e estudar possível redução da taxa básica de juros. A taxa serve de parâmetro para os financiamentos diários com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Por isso, a taxa de juros também é chamada de taxa Selic.

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Na primeira fase da reunião, o presidente e diretores do Banco Central, que compõem o colegiado do Copom, assistem a exposições técnicas dos chefes de departamento e do gerente-executivo de Relacionamento com Investidores. Eles apresentam análises da conjuntura interna; em especial quanto ao controle inflacionário, finanças públicas, balanço de pagamentos, reservas, mercado de câmbio e agregados monetários.

No primeiro dia, é feita uma avaliação prospectiva das tendências da inflação e análise das expectativas sobre variáveis macroeconômicas. A decisão sobre a taxa básica de juros só será anunciada no final da tarde de hoje, depois da segunda fase da reunião. Dessa etapa participam apenas a diretoria do BC, com direito a voto, e o chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), sem voto.

A expectativa dos analistas de mercado é de manutenção da taxa de juros, que está em 19,75% ao ano desde maio último. De acordo com o Boletim Focus, divulgado anteontem pelo BC, quase todos os analistas apostam que a taxa de juros continuará no atual patamar, uma vez que as últimas atas do Copom têm falado na necessidade de manutenção dos juros altos por um ?período de tempo suficientemente longo?. Eles vislumbram possibilidade de redução, em torno de meio ponto percentual, apenas na reunião de setembro.

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