O administrador e economista Rubens Ghilardi tomou posse ontem, como presidente da Copel, com o compromisso de dar prosseguimento ao plano de obras, renegociação de contratos e programas sociais executados pela empresa.
Entre as medidas que serão mantidas está o desconto nas tarifas para quem paga em dia a conta de luz, em vigor há mais de um ano e meio e que premia a pontualidade com uma redução de 8,2% no valor a pagar. "Essa política já significou a manutenção em poder do cidadão de quase R$ 1 bilhão até agora", informou o novo presidente.
Em entrevista coletiva concedida após a posse, Ghilardi disse que a decisão da companhia, de antecipar à Elejor – Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A – R$ 25 milhões de financiamento solicitado ao BNDES para que a empresa possa fazer frente a seus compromissos, não pode ser comparada a operações feitas pelo governo anterior: "A situação, hoje, é bem diferente. O Estado é o acionista majoritário, o que lhe dá outra configuração. O financiamento do BNDES, que deveria ter sido liberado no final do ano passado, foi postergado em função da mudança de diretoria. Mas o empréstimo será liberado dentro de dois ou três meses e a Copel será inteiramente ressarcida deste investimento", assegurou.
Termelétrica
Rubens Ghilardi também manifestou otimismo diante da expectativa de solucionar, por meio do diálogo, o impasse com a UEG Araucária, envolvendo os contratos para a compra de energia da termelétrica. "Houve um grande avanço nessa direção, em conseqüência das conversações comandadas pelo governador Requião com a ministra Dilma Rousseff, de Minas e Energia, e das quais participou o ex-presidente Paulo Pimentel", explicou.
Quanto aos investimentos da Copel, Ghilardi reafirmou a necessidade de concretizar o programa de R$ 490 milhões previsto para este ano e que visa, reforçar, principalmente, as instalações dos sistemas de transmissão e de distribuição de energia, justamente as que refletem de forma direta na qualidade dos serviços prestados ao consumidor.
Pimentel
Paulo Pimentel disse que acredita estar deixando "uma empresa melhor" para o sucessor Rubens Ghilardi. "Tive o apoio do governador e contei com os entusiasmados empregados da Copel, que merecem todo o reconhecimento", afirmou. "Juntos conseguimos reverter o maior prejuízo da empresa na sua história, de R$ 320 milhões em 2002, recolocar a companhia nos trilhos e, paralelamente aos grandes programas sociais do atual governo, torná-la novamente lucrativa", avaliou.