A Copel, responsável pelo fornecimento de energia no Paraná, ainda não se posicionou sobre o pagamento dos prejuízos alegados pelo município de Nova Prata do Iguaçu, que pode chegar a R$ 15 milhões, segundo a Prefeitura, por causa da abertura de comportas da Usina de Salto Caxias, em 7 de junho, provocada pelas fortes chuvas que caíram no Estado. Já o grupo de nove famílias atingidas ainda permanece na casa de parentes, mas a empresa chegou a oferecer uma alternativa não aceita pelos moradores atingidos. “A Copel está em contato com as prefeituras da região para avaliar o impacto da abertura dos vertedouros de Salto Caxias sobre as cheias naquela região”, informa a nota.

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Para ter o levantamento completo dos problemas provocados pela liberação das comportas a empresa abriu um canal de atendimento com as pessoas que se sentiram prejudicadas. “Os casos estão sendo analisados, para que sejam atendidas apenas as famílias que realmente tiveram problemas com a água da usina”, informou a assessoria da empresa. Por meio desse canal de atendimento, a empresa irá avaliar todos os casos de forma individual.

Com relação à alternativa apresentada aos moradores deNova Prata do Iguaçu, a maioria agricultores, a Copel também informou que foram liberadas casas da empresa para abrigarem as nove famílias atingidas, mas elas não aceitaram a proposta. “Nesse caso a empresa estuda uma indenização não apenas para elas, mas para todos prejudicados, agora está sendo feito um levantamento da região de Capitão Leônidas Marques, que também teve pessoas atingidas, mas muitas que procuraram a Copel tiveram prejuízos provocados pelas chuvas, não pela abertura das comportas”.

“A abertura das comportas da Usina de Salto Caxias, no dia 7 de junho, foi corretamente autorizada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) para aliviar a pressão na barragem da Usina de Salto Caxias, última unidade na cascata do rio Iguaçu. As 14 comportas da usina foram abertas de modo gradual, três comportas por vez, ao longo de 19 horas”, diz a empresa, que ressalta a ocorrência de imprevistos provocados pelas chuvas que impdiram o aviso integral a todos que posteriormente foram atingidos.

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“Deslizamentos nas estradas do entorno da usina não permitiram avisar as famílias antes de iniciar a abertura, embora a realização gradual do procedimento tenha evitado que as águas do reservatório ultrapassassem o limite da barragem e provocassem um aumento repentino da cheia rio abaixo, com consequências imprevisíveis”.

Já o prefeito de Nova Prata do Iguaçu, Adroaldo Hoffelder apresentou um relatório em que cita todos os danos provocados no município. “Nós já marcamos novamente no dia 4 de julho uma reunião, na parte da manhã para checar e confrontar esses dados para então sair uma proposta de que forma a Copel irá atender essas famílias”, informou à imprensa da região.

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Itaipu

Depois de dez dias de vertimento ininterrupto, a usina de Itaipu fechou as comportas na semana passada depois que o nível do Rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai e Argentina, foi se normalizando. O vertedouro continuou a abrir, segundo a assessoria de imprensa, mas apenas por questões operacionais.