A Copel está parcelando em 60 meses a dívida de R$ 64,9 milhões da Prefeitura de Curitiba com as contas de energia elétrica. Segundo a companhia, do total do valor da pendência, R$ 27,9 milhões referem-se à energia consumida pela própria Prefeitura e aos débitos com o Procel, programa de combate ao desperdício. Os demais R$ 37 milhões são dívidas relativas aos gastos com a iluminação pública.
De acordo com determinação do governador Roberto Requião, o mesmo benefício concedido para a Prefeitura de Curitiba será estendido às demais prefeituras paranaenses inadimplentes com a Copel. “É mais uma medida que adotamos para aliviar as dificuldades enfrentadas pelas administrações municipais”, informa o governador, ao lembrar que do total da inadimplência com a Copel, cerca de metade é de prefeituras.
As dívidas totais com a Copel, que eram de R$ 35 milhões em 1994, hoje chegam a R$ 187 milhões, dos quais R$ 95 milhões por conta de municípios. O pagamento parcelado da dívida das prefeituras é corrigido pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor) mais 0,5%. No mês em que a inflação for nula ou negativa, serão aplicados apenas os juros de 0,5%.
Medidas
A renegociação das dívidas das prefeituras com a Copel é mais uma medida adotada pelo governador Roberto Requião para reduzir os impactos do custo da energia elétrica na economia do Paraná e na vida das famílias mais pobres. Recentemente, o governador aprovou um desconto de 25% nas contas para quem paga a fatura em dia e isentou do pagamento cerca de 700 mil paranaenses mais necessitados, aqueles que consomem menos de 100 quilowatts/mês.
As facilidades estão sendo possíveis, segundo o governo do Estado, graças às medidas saneadoras adotadas pela Copel desde o início da atual administração. Com a revisão e cancelamentos de contratos lesivos – como os com a Cien, El Paso e UEG Araucária, por exemplo, a Copel saiu de um prejuízo de R$ 320 milhões no ano passado para um lucro líquido de R$ 266,1 milhões no primeiro semestre de 2003.
