“Não podemos permanecer assistindo o gradativo e contínuo declínio da contribuição da Copel na oferta de eletricidade do país”. A afirmação foi feita ontem pelo novo presidente da empresa, o economista Ronald Thadeu Ravedutti, empregado de carreira da companhia, que tomou posse em solenidade presidida pelo governador Orlando Pessuti. Segundo Ravedutti, “”precisamos recuperar nossa condição histórica de grande empresa geradora e transmissora de energia elétrica”.
Ravedutti não descartou analisar “com o máximo de interesse” a viabilidade de participar de novos empreendimentos de geração e transmissão que venham a ser colocados em disputa pela Aneel.
“E atendendo aos nossos compromissos com a sustentabilidade e com o equilíbrio ambiental, vamos também prospectar oportunidades no aproveitamento de fontes alternativas como as PCHs, as usinas eólicas e a produção de eletricidade a partir da biomassa”, complementou.
O governador Orlando Pessuti, diante de uma platéia formada por mais de 300 empregados ativos e aposentados da Companhia, reunidos numa das sedes da Copel na Capital, Pessuti declarou sua confiança no sucesso do trabalho que será realizado pela diretoria empossada, com o apoio de todos os integrantes do quadro de empregados.
“A Copel mantém uma política de tarifas socialmente justa e distribui eletricidade a cerca de 1 milhão de paranaenses que dela precisam mas não podem pagar, mas ainda assim ela é uma empresa superavitária e vai buscar novos espaços, disputar novos espaços na geração, transmissão e distribuição de energia”, informou Pessuti. “Temos uma empresa que é referência no setor elétrico e não podemos nos acomodar nem nos acovardar de ofertar cada vez mais energia, energia limpa ao Brasil. Nós temos que fazer em favor do Brasil o que fazemos em favor do Paraná”.
No seu pronunciamento de posse, o novo presidente Ronald Ravedutti referiu-se ao programa de investimentos deste ano de R$ 1,3 bilhão como “o maior em toda a história da Companhia” e alinhou os principais objetivos da sua gestão: simplificar e tornar mais ágil o atendimento à população, investir em tecnologia para melhorar os serviços prestados ao público e reduzir custos e, ainda, buscar novos investimentos em geração e transmissão de energia elétrica.
Aos 3,6 milhões de clientes atendidos pela Copel no Estado, Ravedutti anunciou boas novidades. “No interesse do consumidor, vamos simplificar os procedimentos comerciais para tornar o atendimento mais ágil e reduzir o tempo de espera, mas sem comprometer os requisitos da legislação, de segurança ou de qualidade dos serviços”, prometeu.
Além disso, o novo presidente comprometeu-se a abrir uma nova unidade de atendimento ao público em cidades paranaenses por semana. “E para reforçar a disponibilidade de eletricidade com melhoria nos níveis de qualidade do fornecimento, vamos agregar ao sistema elétrico estadual uma nova subestação transformadora a cada mês”, concluiu.