Copel intensifica ouvidoria para melhor atender usuário

Ouvidores de 21 empresas distribuidoras de energia elétrica das regiões Sul e Sudeste estiveram reunidos ontem na sede da Companhia Paranaense de Energia (Copel), em Curitiba, participando de um fórum trimestral do setor. O evento contou com a presença do presidente da Copel, Paulo Pimentel, e do diretor ouvidor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jaconias de Aguiar.

O presidente da Copel, Paulo Pimentel, destacou a importância da realização do evento. “A ouvidoria é essencial para a melhoria do setor elétrico”. Ao falar sobre a função do ouvidor, Jaconias de Aguiar informou que o objetivo da Aneel é o fortalecimento das ouvidorias dos Agentes (concessionárias de energia), “que são, além de ouvidos, o cartão de visitas da empresa”. A iniciativa dos encontros partiu das próprias concessionárias, explica Aguiar, com apoio da agência. Segundo ele, 70% das empresas já implantaram ouvidorias para atender os consumidores. “A ouvidoria deve avaliar bem a situação e exercer um papel neutro entre a reclamação e a área técnica”, conta Aguiar. “Se funcionar direito, a sociedade terá conseqüentemente uma boa imagem da concessionária. A ouvidoria não pode ser apenas parte de uma estratégia de marketing”, acredita.

Durante o encontro também foi abordada a lei norte-americana Sarbanes-Oxley, considerada uma legislação rigorosa que pretende dar mais transparência ao mercado de ações nas bolsas de valores dos Estados Unidos, ampliando os mecanismos de controle e fiscalização do desempenho das empresas pela sociedade. As empresas estrangeiras nessa situação, com ações e títulos negociados nos Estados Unidos (como a Copel e outras concessionárias do setor de energia), também deverão se adequar à nova lei. “Ela foi criada em um momento de crise, com a quebra de grandes empresas. Isso exigiu uma lei mais forte e clara para proteger o investidor”, explica José Ricardo de Oliveira, diretor da auditoria Ernest & Young, que proferiu palestra sobre o assunto.

De acordo com ele, o principal artigo da lei diz que os gestores empresariais terão responsabilidade civil e criminal quanto à veracidade das informações divulgadas no mercado. “A lei vai evitar que algumas informações sejam repassadas apenas para benefícios da empresa ou terceiros, criando um bom controle interno”, afirma Oliveira. (Joyce Carvalho)

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