A Copel é a empresa de serviços de utilidade pública mais respeitada no País e a terceira em todo o mundo, segundo aponta a pesquisa “World?s Most Respected Companies” de 2003, realizada pela empresa de auditoria PriceWaterhouse Coopers em parceria com o Financial Times – conceituado jornal especializado em economia editado na Inglaterra.
Os resultados da pesquisa têm base em mais de mil entrevistas feitas com presidentes e altos dirigentes de corporações empresariais em 20 países. No segmento de “utilities”, como são denominadas as companhias prestadoras de serviços públicos como a energia elétrica, a Copel é a única empresa brasileira listada aparecendo em terceiro lugar, logo depois da francesa EDF e da alemã RWE.
Esta foi a primeira vez que a Copel figurou na pesquisa, que vem sendo realizada há seis anos e é bastante valorizada no mundo dos negócios.
Recentemente, a estatal já havia sido apontada por analistas e profissionais de finanças de diversos países como a empresa brasileira de capital aberto e de média capitalização com a melhor equipe de Relações com Investidores. A pesquisa é da IR Magazine, uma publicação internacional com foco editorial no relacionamento de companhias abertas do mundo todo com os investidores, e que há 13 anos faz esse tipo de avaliação.
Qualificação
Para o diretor de Finanças e Relações com Investidores da empresa, Ronald Ravedutti, o significado do destaque alcançado pela Copel na pesquisa só pode ser entendido “depois de alguma reflexão”.
Sua ponderação leva em conta, antes de qualquer outra análise, a qualificação do público ouvido pelos realizadores do trabalho. “As pessoas que manifestaram sua admiração e seu respeito pela Copel são os dirigentes das maiores empresas do mundo, homens que construíram ou que administram patrimônios de bilhões de dólares e empregam milhões de pessoas nos cinco continentes”, nota Ravedutti. “Como são personalidades influentes no mercado, não precisam demonstrar respeito ou admiração por nenhuma empresa com o intuito de angariar simpatias”. Na conclusão do diretor da estatal, “se eles manifestaram ter respeito pela Copel, é porque há razões bastante fundamentadas para tanto”.
Concorrentes
O diretor de Finanças também fez alusão às empresas que atuam no mesmo segmento de atividades da Copel no mundo todo, e que receberam dos dirigentes consultados uma avaliação menos favorável. “Só na área da eletricidade, devem ser milhares as empresas existentes, de todo tipo e tamanho: há organizações com mais de 100 anos de existência, com patrimônio bem maior que o da Copel e atuando em mercados muito atraentes”, diz. “Daí surge a questão: entre as tantas opções de voto, por que os mais de mil executivos disseram admirar a Copel, colocando-a ao lado de gigantes como a EDF francesa ou a RWE alemã?”.
Segundo Ronald Ravedutti, uma das respostas prováveis é a segura orientação dada aos negócios da Companhia pelo governador Roberto Requião, que em 2003 salvou a Copel de um colapso financeiro iminente ao ordenar a suspensão dos pagamentos decorrentes de contratos para compra de energia. “Só os compromissos firmados na gestão passada com a Cien e com a UEG Araucária absorveriam um terço de toda nossa receita”, lembra Ravedutti. “Não fosse a coragem e a determinação do governador, a Copel seria hoje não um motivo de admiração e respeito para os maiores executivos do mundo, mas apenas a lembrança de uma empresa que um dia existiu no Paraná.”
O diretor ressaltou também o empenho do presidente da Copel, o ex-governador Paulo Pimentel, na condução das atividades de reestruturação e recuperação da Companhia. “Seu prestígio no meio empresarial e entre as autoridades do setor tem sido fundamental para manter e ampliar o conceito de credibilidade da Companhia”, finalizou Ravedutti.
A Copel responde hoje por 7% de toda a energia gerada no Brasil. Com potência instalada de 4.584MW, a companhia leva energia a 2,3 milhões de lares, 46 mil indústrias, 251 estabelecimentos comerciais e 310 mil propriedades rurais, totalizando quase 3 milhões de unidades.