Copel e ONS vão compartilhar usinas

A partir de hoje, a Copel passa a compartilhar com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a operação das suas grandes usinas geradoras, cumprindo o que foi combinado entre as instituições no memorando de entendimentos assinado no último dia 6, em Curitiba.

O controle conjunto das usinas irá se estender por dois meses numa espécie de transição entre os centros da Copel, localizado em Curitiba, e do ONS, instalado em Florianópolis. As regras operativas atuais, que incluem restrições operacionais fixadas pela Copel, vão ser mantidas. ?O acordo estabelecido com o ONS assegura à Copel o direito de manter estreita vigilância sobre a forma de operação das suas usinas, garantindo a integridade daqueles importantes ativos?, afirmou o diretor de geração e transmissão de energia da estatal, Raul Munhoz Neto.

A Copel também teve garantido o direito de continuar operando os reservatórios das suas principais hidrelétricas e controlar o nível de armazenamento dos lagos, seguindo os seus critérios e parâmetros de segurança. Três das usinas estão no Rio Iguaçu: Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), Ney Braga (Segredo) e José Richa (Salto Caxias). A lista é completada por Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira).

Contatos

Além da operação dos reservatórios, um ponto importante de consenso no memorando de entendimentos entre Copel e ONS é que os contatos entre os operadores das instituições continuará sendo feito por intermédio do centro de operação do sistema e do centro de operação da geração da estatal. O entendimento anterior era que o centro regional do ONS, baseado em Florianópolis, passaria a atuar e a interferir diretamente nas usinas e subestações da Copel.

Também foi estratégico para a estatal paranaense o compromisso assumido pelo ONS de continuar a repassar-lhe, via centro de operação do sistema, as informações em tempo real das condições de funcionamento do sistema elétrico interligado nacional. ?Ter esses dados é fundamental para que possamos monitorar a operação do nosso próprio sistema elétrico com absoluta confiabilidade?, argumentou o diretor Raul Munhoz Neto.

O controle automático da geração, processo que visa garantir minuto a minuto o equilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica dentro do sistema interligado regional, vai ser feito de maneira compartilhada durante dois meses, até passar em definitivo ao centro de operação do ONS em Florianópolis. A Copel vai ter assegurado o acesso às informações para exercer vigilância, precavendo-se para proteger seus equipamentos e instalações de qualquer operação inapropriada. (AEN)

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