A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é a melhor entre as grandes empresas de energia elétrica do Brasil na opinião do mais isento dos avaliadores, o público usuário. E a segunda entre as 64 concessionárias de distribuição em atividade no País, atrás apenas da Companhia Jaguari, empresa que atua nas cidades de Jaguariúna e Pedreira, no interior de São Paulo, servindo a cerca de 30 mil unidades consumidoras. Para comparar, a Copel, presente em 392 municípios no Paraná e Porto União, em Santa Catarina, leva seus serviços a 3,3 milhões de clientes.
Essa performance foi revelada pelo Prêmio Iasc 2005, levantamento feito anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel – para apurar e medir o grau de satisfação dos consumidores com os serviços de sua concessionária por meio de entrevistas. Dessa pesquisa que ouviu 19,2 mil usuários em todo o País resulta o Iasc (Índice Aneel de Satisfação do Consumidor), mecanismo que incentiva a melhoria dos serviços ao permitir que as empresas comparem seu desempenho entre si.
Na avaliação dos consumidores pesquisados pela Aneel na sua área de atuação, a Copel obteve nota 74,44, a maior entre as grandes empresas, também a maior na região sul e, ainda, a segunda entre as 64 concessionárias avaliadas (a nota da Jaguari foi 77,61). Segundo a Aneel, a avaliação da Copel supera o índice médio de satisfação dos clientes nos Estados Unidos, que é 73.
A Copel também registrou a terceira maior evolução de desempenho em todo o País: esta categoria premia as concessionárias que apresentaram as mais expressivas variações de nota de um ano para outro (em 2004, o Iasc da Copel foi 61,61).
Ainda melhor
Os resultados do Prêmio Iasc 2005 agradaram ao presidente da Copel, Rubens Ghilardi, que esteve em Brasília para receber as homenagens. Para ele, a boa avaliação recebida pela estatal ?é uma demonstração de que estamos conseguindo recolocar a empresa no caminho certo e o consumidor está percebendo isso?.
Ghilardi observou que o trabalho de reconstrução da Copel ainda não foi completado, mas que a meta estabelecida pela atual gestão está bem perto de ser atingida. ?Nosso objetivo é, já na próxima pesquisa, recuperar a condição de melhor empresa do setor no Brasil?, afirmou o presidente.
Ele lembrou as dificuldades enfrentadas e superadas nos últimos três anos, atribuindo méritos ao governador Roberto Requião, ao ex-governador Paulo Pimentel, seu antecessor na presidência da estatal, e aos empregados da companhia. ?Em janeiro de 2003, na posse da atual administração, encontramos uma Copel destruída, esvaziada, inviabilizada financeiramente, asfixiada por contratos onerosos e operando um sistema elétrico que nem manutenção adequada vinha recebendo?, alinhou Ghilardi.
?Por sinal, nesta semana a Aneel confirmou que irá manter multa de R$ 4 milhões, penalizando a Copel por ultrapassar os limites aceitáveis de desligamentos nos anos de 2000, 2001 e 2002, o que não deixa de ser algo didático?, argumentou. ?Enquanto somos premiados como a melhor entre as grandes empresas elétricas do País, recebemos confirmação de multas por mau atendimento deixadas pela gestão do governo anterior.? (AEN)