Levantamento da Fundação Getúlio Vargas destaca a Copel como a nona entre as 50 empresas brasileiras de capital aberto que mais geraram valor para o acionista em 2005, proporcionando-lhe retorno positivo de 58% ao longo do ano. A valorização das ações da Copel medida pela FGV superou o desempenho de empresas com grande tradição de solidez e lucratividade nas bolsas, como a Petrobras, Eletrobrás, Embraer, Embratel e Vale do Rio Doce. A avaliação tomou por base a evolução da ação PNB (preferencial nominativa) da Copel.

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O estudo vem sendo feito há nove anos e classifica as empresas, segundo o indicador chamado Retorno Total ao Acionista, TSR, que mede quanto a companhia gerou de valor em ganho da ação na bolsa mais o dividendo distribuído aos acionistas.

Bom resultado

A boa colocação da Copel no levantamento não surpreendeu o seu presidente, Rubens Ghilardi, economista com larga experiência na análise do mercado de ações, que interpretou como ?lógica? a presença da estatal paranaense entre as dez empresas de capital aberto que mais deram retorno ao investidor.

?A Copel teve em 2005 o maior lucro da sua história, de R$ 502,4 milhões, mas não foi essa a causa determinante?, disse Ghilardi. ?O lucro do ano passado é apenas a parte mais recente de uma história iniciada em 2003 para recuperar a empresa, que vinha de um prejuízo recorde de R$ 320 milhões, apurado no balanço de 2002, e nenhuma perspectiva de sobrevivência?, descreveu.

Amadurecimento

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Na interpretação do presidente, os investidores que aplicam em ações demonstraram ter entendido claramente as medidas para restaurar o equilíbrio econômico e financeiro da Copel, recuperar os níveis de qualidade do atendimento ao consumidor e resgatar o papel de vetor da promoção social que compete às empresas públicas.

?O investidor brasileiro está amadurecendo rapidamente, deixando de considerar só a lucratividade da empresa no momento de decidir sua aplicação?, interpretou Ghilardi. ?Os predicados da governança corporativa estão progressivamente crescendo em importância e é cada vez maior a atenção que o mercado dedica a predicados da governabilidade corporativa, tais como o compromisso com a transparência e com os princípios éticos, a sustentabilidade e a responsabilidade social, referenciais, aliás, em que a Copel também vem obtendo seguidamente reconhecimento e destaque, dentro e fora do Brasil.? (AEN) 

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