A Copa do Mundo de futebol em 2014 será uma ótima oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo que é um país desenvolvido, afirmou nesta terça-feira (18) o ministro do Esporte, Orlando Silva, durante o 6o Fórum Panrotas. Ele ressaltou que o Brasil foi candidato único porque os países da América do Sul entraram em acordo e decidiram que o país merecia sediar o torneio depois de 64 anos.
O evento é sinônimo de oportunidade de promoção do Brasil no mundo. A Copa do Mundo acontecer no Brasil é uma homenagem tanto ao futebol quanto América do Sul, que dá uma contribuição tão grande ao esporte, acrescentou.
Segundo Silva, a realização do torneio no país inclui a modernização da infra-estrutura e até o final do semestre o governo terá os dados das 18 cidades que se candidataram para sediar os jogos, cruzados com os investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nessas cidades. Aí serão definidas quais delas precisarão de desenvolvimento em relação a vias, rodovias, transportes, portos, aeroportos e telecomunicações. Essa é uma tarefa vital, tudo isso ficará para o Brasil, disse.
Com os dados o governo poderá analisar o que será necessário para a modernização e melhoria das cidades, além das obras previstas no PAC, para adequá-las s necessidades da realização de uma Copa do Mundo. Silva destacou que o evento exigirá qualificação dos serviços e do turismo: Esses são os temas mais sensíveis, porque saúde, segurança, transporte urbano e hospitalidade são as quatro áreas em que o Brasil terá de qualificar profissionais, para o sucesso da Copa de 2014."
Em relação aos estádios onde ocorrerão os jogos, o ministro disse que há expectativa de os investimentos privados sustentarem a construção e a reforma. "Até porque os espaços deverão ser utilizados depois pelos clubes de futebol e também poderão abrigar outras atividades, como eventos internacionais e turnês musicais", lembrou.
Apenas dez das 18 cidades candidatas a sediar os jogos da copa deverão ser escolhidas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), mas segundo Orlando Silva, já existe uma negociação para elevar esse número a 12 cidades. "A partir de junho a Fifa fará as inspeções e nossa expectativa é de que em dezembro as 12 cidades estejam definidas, ou no máximo até março de 2009", informou.
Neste ano, serão necessários alguns ajustes institucionais relacionados a normas da Fifa: Por exemplo, limitar a tributação sobre ingressos. Para isso ocorrer como a Fifa prevê, deverá haver mudança na legislação ou acordo no Conselho de Secretários de Fazenda." Até setembro, adiantou, o planejamento poderá estar confluído e os mesmos 20 ministérios que participaram da organização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro deverão retomar a atividade para a Copa.
Sobre os problemas de trânsito nas cidades, Orlando Silva disse que a questão deverá ser tratada no PAC da Mobilidade Urbana. "Eu imagino que as cidades terão que estruturar os projetos e há uma disposição do governo em financiar, investir, para que possamos adequar o sistema de transporte coletivo nas cidades ao grau de eficiência exigido não só para a realização da Copa do Mundo, mas por necessidade da população, concluiu.