Em 2008, a movimentação econômica das cooperativas do Paraná, em todos os seus ramos, ultrapassará R$ 22 bilhões, recorde dos últimos 10 anos, beneficiando mais de 2,2 milhões de paranaenses, entre cooperados, colaboradores e familiares.
“O planejamento estratégico 2005/2010 das cooperativas paranaenses previa investimentos de R$ 3,5 bilhões em apenas quatro anos, mas esta meta já foi superada, pois os investimentos já somam R$ 3,7 bilhões”, disse o presidente do Sistema Ocepar/Sescoop-PR, João Paulo Koslovski, durante a abertura do Encontro Estadual de Cooperativistas, ontem, no Teatro Positivo, em Curitiba.
Koslovski lembrou que o ano de 2008 apresentou muitos desafios para as cooperativas do Paraná, entre os quais, os efeitos provocados pela crise financeira mundial. “Mesmo assim, a movimentação econômica das cooperativas em todos os seus ramos será recorde, na ordem de R$ 22 bilhões”, disse.
O crescimento das cooperativas viabiliza a atividade econômica de milhares de paranaenses. Responsáveis por mais de 1.100 postos de trabalhos, as cooperativas paranaenses estão presentes em diferentes ramos tendo, como principal característica, o fato de dinamizar a economia local das regiões em que estão inseridas. “Elas estão presentes em praticamente todos os municípios e são, sem sombra de dúvidas, fortes aliadas no desenvolvimento do Estado”, frisou Koslovski.
O dirigente ressaltou ainda o fato das cooperativas serem fiéis arrecadadoras de tributos e contribuição aos governos no âmbito federal, estadual e municipal, devendo, neste ano, recolher aos cofres públicos mais de R$ 1 bilhão de reais. Ele lembrou ainda que o cooperativismo de crédito e o da área de saúde são exemplos desta evolução.
No crédito, existem atualmente 65 cooperativas e 350 mil cooperados, com R$ 4 bilhões de ativos e R$ 3 bilhões em operações de financiamento ao setor produtivo. Na saúde, ramo que se organiza de forma sistêmica, a oferta de serviços de qualidade beneficia hoje mais de 1,25 milhão pessoas.
Cautela
Ao comentar sobre a conjuntura atual, marcada pela crise financeira mundial, o presidente da Ocepar reforçou o pedido para que as cooperativas e cooperados tenham cautela.
“Sabemos que a economia mundial vem manifestando sinais de dificuldades e que isto pode representar menos crescimento nas principais economias mundiais. Por isso, é preciso cautela, tranqüilidade e análise de cada situação para que, ao invés da crise representar uma ameaça ela possa representar uma bela oportunidade”, finalizou.