Os cooperativistas paranaenses têm muito o que comemorar em 2010. O faturamento das cooperativas do Estado cresceu cerca de R$ 3 bilhões em relação a 2009, e chega a R$ 28 bilhões neste ano, conforme projeção do Sistema Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).
Há dez anos, o volume era de apenas R$ 6 bilhões. Os dados do setor foram apresentados ontem, no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, em Curitiba.
Conforme as estimativas do Sistema Ocepar, o Paraná vai terminar 2010 com 240 cooperativas, que reúnem 600 mil cooperados. São 63.500 colaboradores diretamente ligados às entidades, gerando 1,4 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos.
As cooperativas paranaenses também vão atingir neste ano US$ 1,650 bilhão em exportações, contra US$ 268,4 milhões em 1999, mandando para 90 países 45 produtos.
Hoje, as elas representam 54% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Paraná. “Estamos fechando o ano com R$ 28 bilhões de movimentação econômica, o que demonstra que houve avanço no setor agropecuário, como no cooperativismo de crédito e de saúde. O importante é que estamos crescendo de forma consistente, de forma organizada, com profissionalismo”, comentou o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.
Ele lembrou que o setor vai atingir o número de 125 mil pessoas treinadas em 2010, o que propicia ao cooperativismo uma condição de gestão importante. Dados do Sistema Ocepar ainda mostram que o setor vai recolher neste ano R$ 1,1 bilhão, e investir R$ 1 bilhão.
As cooperativas representam hoje mais 5% do PIB nacional, de acordo com Maurício Landi Pereira, assessor da presidência da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
“Os trabalhos que as cooperativas vem desenvolvendo como um todo indicam que o setor está em um crescente. A sociedade brasileira cada vez mais está entendendo que cooperar é fundamental para o nosso desenvolvimento”, afirmou.
Pereira disse que não há ainda uma expectativa delineada sobre aumento no número de cooperativas no Brasil em 2011. Atualmente, são 7,3 mil. “A grande preocupação não é a quantidade, mas a qualidade do que se tem. Temos que aprimorar. O sistema está se fortalecendo em todos os sentidos, inclusive no ramo de crédito, saúde, agropecuária. E neste fortalecimento de competência e eficiência que nós vamos buscar resultados”, revelou Pereira.