Cooperação no combate a moeda falsa

Brasília (AE) – O Banco Central e a Polícia Federal assinaram ontem acordo de cooperação técnica para intensificar o combate à falsificação de cédulas e moedas no País. Segundo o chefe do Departamento do Meio Circulante do Banco Central, João Sidney de Figueiredo, até 1994 eram raros os problemas de falsificação de notas no Brasil.

?A inflação muito alta fazia o dinheiro perder rapidamente o valor de face, o que não era um estímulo para a falsificação?, afirmou. Mas agora, só no período de janeiro a novembro, foram apreendidas 431.638 cédulas falsas no País. Em 2005 foram 425.305 notas falsas, mostram números do BC. Proporcionalmente, as falsificações representam 0,01327% das cédulas em circulação no País.

As cédulas mais falsificadas no Brasil são as de R$ 50. Essa nota é usada em cerca de 70% das falsificações; em segundo lugar está a cédula de R$ 10 (10% das falsificações). A região com maior incidência de falsificação é a região Sudeste (61%), seguida do Sul (14%) e do Nordeste (13%), mostram números do Registro Nacional de Falsificação, organizado desde 1999 pelo BC.

Pesquisa da instituição feita em 2005 mostrou que 53% da população brasileira verifica se a cédula é verdadeira ao recebê-la, sendo que 27% dessas pessoas costumam fazer a verificação com todos os valores e não apenas com os mais altos.

Apesar de admitir que o número de falsificações é crescente no País, Figueiredo disse que o Brasil não se encontra na pior posição do mundo. ?Por isso é importante reforçar as ações de combate?, disse. O nível de falsificação é medido pelo número de cédulas falsas por milhão de notas em circulação. A expectativa do Banco Central é que o ano de 2006 feche em 132 notas falsificadas por um milhão de notas em circulação. Na zona do euro, esse número é de 56 e no Japão, uma nota por milhão. No Canadá, no entanto, essa relação é de 275 por milhão, disse ele.

Além de compartilhar com a PF os dados do Registro Nacional, o Banco Central oferecerá treinamento sobre as características das cédulas e moedas e de suas falsificações aos policiais. As instituições também vão compartilhar estudos sobre falsificações e modelos de células e moedas falsas para catalogação e exames de suas características, explicou a coordenadora-geral da Polícia Federal, Valquíria Souza Teixeira de Andrade.

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