Conversões de veículos para GNV voltam a subir

Após cair para apenas 17.788 unidades em maio, o número de conversões de veículos para o uso de gás natural veicular (GNV), voltou a subir em junho, segundo dados do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP). Segundo o IBP, as conversões subiram para 19.521 veículos, com aumento de 9,7% em relação a maio e de 78% sobre junho do ano passado. Com isso, a frota total de veículos movidos a GNV atingiu 1,179 milhão no final do mês passado, pelos dados do IBP. O número de conversões no mês passado foi o maior já observado para um mês de junho nos últimos quatro anos, mas está abaixo do observado no início de 2006. A média no primeiro semestre ficou em 21.191 conversões mensais.

Com o aumento da frota, cresce o número de postos de serviços dedicados ao abastecimento do combustível. No final de junho já havia 1.273 postos no País, com aumento de 1.075 unidades no final de junho de 2005. Cada posto vende, em média, cerca de 145 mil metros cúbicos diários de GNV.

Embora tenha subido de preço nos últimos meses, o gás natural continua vantajoso em relação à gasolina e ao álcool combustível. O preço médio do metro cúbico do GNV no segundo trimestre (abril a junho) ficou em R$ 1,237 (US$ 0,56), com aumento de 24,4% em relação ao segundo trimestre de 2005. Nesse mesmo período, porém, a gasolina subiu 14,97%, com seu preço médio atingindo R$ 2,541 (US$ 1,15) e o álcool ficou 33,36% mais caro, em relação ao segundo trimestre de 2005, com preço médio de R$ 1,591 (US$ 0,72). Ou seja, o preço do GNV ficou 49% abaixo do preço da gasolina e 22% abaixo do preço do álcool hidratado no segundo trimestre do ano.

Consumo

O consumo de gás natural atingiu 41,12 milhões de metros cúbicos diários, em média, no primeiro semestre do ano, com aumento de 6,9% em relação a igual período do ano passado, conforme dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). O setor automotivo (GNV) foi o segmento que mais avançou, com crescimento de 18,3%, com a média diária de 5 974 milhões de metros cúbicos ao dia. A indústria, porém, continua mantendo a maior fatia, com o consumo médio no semestre de 25,965 milhões de metros cúbicos, o que representa aumento de 7,9% em relação ao primeiro semestre de 2005.

Entre os grandes segmentos, apenas na área de geração elétrica houve redução, com queda de 3,3% no período, com a média diária de 8,036 milhões na primeira metade de 2006. Na área residencial houve aumento de 10,6%, mas o total consumido é muito pequeno em relação aos demais segmentos, com apenas 606 mil metros cúbicos diários, em média, na primeira metade do ano. Na área comercial o consumo médio ficou em 536 mil metros cúbicos, com aumento de 4,9% em relação ao primeiro semestre de 2005, ainda conforme os dados da Abegás.

No mês de junho, isoladamente, o consumo médio diário atingiu 39,81 milhões de metros cúbicos, com aumento de 6,27% em relação a junho de 2005 e queda de 0,96% em relação a maio. A indústria manteve a maior fatia, respondendo por 26,83 milhões de metros cúbicos, seguida pelo setor automotivo (6,067 milhões de metros cúbicos), geração elétrica (5,58 milhões), setor residencial (747,8 mil metros cúbicos) e comercial, com 581 mil metros cúbicos.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo