São Paulo – Planos de saúde anteriores a 1999 que não tenham regras claras de reajuste no contrato terão neste ano aumento superior ao que será concedido para contratos novos, admitiu ontem o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Fausto Pereira dos Santos. O reajuste para contratos antigos da Golden Cross, Sul América, Itaú, Amil e Bradesco deverá levar em consideração as perdas do ano passado, quando tiveram de aplicar correção de 11,75% para todos planos antigos que não apresentassem cláusulas claras de reajuste.
?Não será a compensação pura e simples do que deixou de ser cobrado ano passado?, garantiu Santos. Ele lembrou que ano passado algumas empresas tentaram cobrar de seus clientes reajustes retroativos e incluir no cálculo o aumento de despesas administrativas. Com isso, algumas empresas cobraram de seus consumidores aumentos de até 80%. Na época, a atitude motivou queda-de-braço com o governo.
Operadoras tiveram de fazer termo de ajuste de conduta, recuar e aplicar 11,75% – mesmo índice cobrado para planos novos. Para este ano, a ANS vai avaliar a variação de custos do setor registrada em dois períodos: entre 2003 e 2004 e entre 2004 e 2005. ?Vamos adotar o índice mais representativo.?
Resíduo
Será incluído neste índice o resíduo que não foi cobrado no ano passado, mas levando em conta a variação de um ano de preços relativos ao setor. Despesas administrativas, por exemplo, não poderão entrar neste cálculo. Já o reajuste para contratos novos (depois de 1999) deverá ser anunciado nos próximos dias, afirmou o ministro da Saúde, Humberto Costa. ?Vamos divulgá-los somente depois de passar pela anuência do presidente Lula, que quer acompanhar este assunto de perto?, disse Costa.