Dirigentes da montadora Audi-Volks e os metalúrgicos, até ontem à noite, não haviam chegado a um acordo para pôr fim à greve que começou anteontem. As duas partes sentaram em mesa-redonda, convocada pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT), que durou mais de quatro horas, sem qualquer resultado até o fechamento desta edição.
“A pressa é deles. A montadora está parada, e os veículos estão deixando de ser produzidos”, afirmou Cláudio Gramm, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, enquanto aguardava proposta da montadora. Segundo ele, os representantes locais estariam em negociação com a direção de São Paulo, daí a demora em apresentar uma proposta. O resultado da mesa-redonda realizada ontem estará sendo discutida em assembléia hoje, às 8h, no portão da fábrica.
Ainda ontem, a montadora distribuiu nota convocando os funcionários a retornar ao trabalho. “Caso não consiga normalizar a produção nessa fábrica, a Volkswagen/Audi lançará mão de medidas cabíveis para resguardar seus direitos e proteger seus trabalhadores, evitando os prejuízos causados pela paralisação da fábrica e as perdas dos dias parados”, informou a nota. Por dia, cerca de 400 veículos estão deixando de ser produzidos. Os 2,5 mil trabalhadores estão em greve desde quarta-feira à tarde.