O resultado fiscal de outubro está entre os principais indicadores econômicos que serão conhecidos na próxima semana. Os números serão anunciados em duas etapas. Na primeira, na quarta-feira (28), o Tesouro Nacional informará o saldo das contas do governo central, que é composto pelos dados do Banco Central, INSS e do próprio Tesouro Nacional. Em setembro, o governo conseguiu fazer uma economia de R$ 44 milhões. Na segunda etapa da divulgação dos dados fiscais de outubro, o BC informará os dados relativos às contas do setor público consolidado, composto pelos dados do governo central mais estatais federais e estados e municípios. Em setembro, o resultado fiscal do setor público consolidado foi um superávit de R$ 3,554 bilhões.

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Também na quarta-feira, o BC divulgará o resultado das transações correntes do balanço de pagamentos do mês passado. Este dado tem mostrado resultados cada vez menores em resposta à desaceleração dos saldos positivos da balança comercial ao longo deste ano. Em setembro, o saldo das transações correntes fechou positivo em US$ 471 milhões. Em agosto a conta corrente brasileira tinha sido superavitária em US$ 1,354 bilhão. Mas a balança comercial naquele mês havia fechado em US$ 3,535 bilhões ante US$ 3,471 bilhões em setembro. Além disso, setembro é mês que fecha trimestre e, por isso, abriga uma certa elevação do volume de remessas de lucros e dividendos por parte das empresas com filiais no País para suas respectivas matrizes no exterior.

No bojo da divulgação dos dados da conta corrente, o BC também anunciará o volume de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) que o País recebeu em outubro. Esta rubrica, na contramão das transações correntes, tem se mostrado forte na média de todo o ano. Com a realização de crescimento e a perspectiva de continuidade da expansão econômica, as empresas não têm poupado recursos para investir no Brasil, o que, entre outras coisas, tem contribuído em grande parte para a desvalorização do dólar americano frente ao real. Em setembro, entraram no País por conta do IED o equivalente a US$ 1,537 bilhão.

Inflação

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No campo da inflação, estão previstos para a próxima semana apenas dois indicadores: o IGP-M de novembro e o indicador da terceira quadrissemana do IPC-Fipe. Na sexta-feira (29), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) prestará conta da inflação de novembro no Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M). Este indicador chegou a assustar por conta dos impactos que assimilou do atacado, especialmente dos preços agrícolas, mas já está caminhando para uma taxa ao redor de 0,30%, que é uma inflação considerada em linha com o que se espera para o final do ano em termos de variação de preços. Em outubro, o IGP-M ainda veio forte, com alta de 1,05%, mas as prévias de novembro já mostram que o mês fechará com uma taxa menor. Fechou em 0,34% na primeira parcial e em 0,48%, na segunda.

Na terça-feira (27), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgará a média de reajustes dos preços de produtos e serviços na capital paulista no período que compreende a terceira quadrissemana do IPC-Fipe. Na mesma quadrissemana em outubro, o IPC ficou em 0,15%. Na primeira parcial deste mês o índice ficou praticamente estável, em 0,01% e subiu 0,05% na segunda quadrissemana.

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Um dia antes, na segunda-feira (26), o BC anunciará as medianas das expectativas dos analistas do mercado para os principais indicadores macroeconômicos dentro da Pesquisa Focus. No mesmo dia, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informará o resultado da balança comercial referente à quarta semana de novembro. Na terceira semana, o saldo foi de um superávit de US$ 693 milhões. O fechamento da balança neste mês será conhecido no dia 3 de dezembro.