Contas externas tiveram superávit

O Brasil teve um superávit em transações correntes (principal indicador da vulnerabilidade externa de um país) de US$ 817 milhões em março e de US$ 1,683 bilhão no primeiro trimestre. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, trata-se do melhor mês de março e do melhor primeiro trimestre para as contas externas desde o início da série histórica, em 1947.

A conta de transações correntes é formada pela soma dos resultados da balança comercial, da balança de serviços (gastos com viagens, remessas de lucros e dividendos, etc.) e de transferências unilaterais (dinheiro enviado por brasileiros ao exterior e vice-versa).

Com o superávit obtido, aumenta a oferta de dólares no mercado e governo e empresas conseguem financiar pagamentos de dívidas e juros em condições mais favoráveis.

Em abril, entretanto, Altamir prevê que haja um déficit nas transações correntes de US$ 450 milhões. Ele aposta que a balança comercial terá um superávit “muito bom” neste mês – está em US$ 1,508 bilhão até o dia 25 – mas a concentração de pagamentos de juros deverá prejudicar o resultado global das transações correntes.

Para este ano, o BC ainda prevê um superávit em transações de US$ 200 milhões.

Dívida

A dívida externa do Brasil em janeiro estava em US$ 216,258 bilhões. O valor divulgado ontem pelo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC) é superior aos US$ 214,930 bilhões de dezembro do ano passado.

A dívida de médio e longo prazos aumentou dos US$ 194,736 bilhões de dezembro para US$ 196,072 bilhões em janeiro. A dívida externa de curto prazo, por sua vez, caiu de US$ 20,194 bilhões para US$ 20,185 bilhões.

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