As transações correntes (principal indicador da vulnerabilidade externa de um país) tiveram no mês de maio um superávit de US$ 1,478 bilhão. Segundo o Banco Central, esse resultado mensal é o melhor da história. A conta de transações correntes representa as principais transações do país com o exterior na área comercial e na contratação de serviços e transferência de renda. O resultado da conta tem sido beneficiado pelo desempenho favorável da balança comercial brasileira que, em maio, apresentou um superávit de US$ 3,118 bilhões.
O saldo da balança foi mais que suficiente para cobrir o déficit da conta de serviços e rendas do país, que ficou deficitária no mês em US$ 1,941 bilhão. A conta de transações correntes ainda inclui as transferências unilaterais de brasileiros que moram no exterior, que no mês somaram US$ 300 milhões.
No ano, as transações correntes acumulam um superávit de US$ 2,426 bilhões. No mesmo período do ano passado, o superávit da conta era de apenas US$ 43 milhões. O saldo de transações correntes, no fluxo de 12 meses, terminados em maio, é um superávit de US$ 6,446 bilhões (1,24% do PIB do período).
Junho
A conta de transações correntes deverá apresentar novo recorde mensal em junho e registrar um superávit de US$ 1,8 bilhão, segundo estimativas do Banco Central.
O BC estima que, no ano, as transações correntes fiquem com um superávit de US$ 2,5 bilhões, o que também, segundo Lopes, será resultado de um saldo da balança comercial mais elevado, de US$ 26 bilhões.