A conta de luz ficou mais barata em setembro, puxando a deflação ao consumidor registrada no mês pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve uma queda de 0,02% em setembro, após um avanço de 0,13% em agosto.
Três das oito classes de despesa tiveram taxas de variação menores. A principal contribuição para o recuo do IPC-DI partiu do grupo Habitação, que passou de alta de 0,23% em agosto para uma queda de 0,40% em setembro, sob influência do item tarifa de eletricidade residencial, que saiu de um aumento de 1,32% para uma redução de 3,31%.
Os demais decréscimos ocorreram nos grupos Transportes (de 1,46% para 0,50%) e Comunicação (de 0,05% para -0,02%), com destaque para a gasolina (de 6,42% para 2,70%) e tarifa de telefone móvel (de 0,12% para -0,17%), respectivamente.
Na direção oposta, as taxas foram maiores em Alimentação (de -0,83% para -0,48%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,13% para 0,50%), Vestuário (de 0,12% para 0,64%), Despesas Diversas (de 0,10% para 0,35%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,21% para 0,27%). Houve impacto dos itens carnes bovinas (de -1,52% para 0,32%), passagem aérea (de -0,43% para 12,25%), roupas (de -0,02% para 0,93%), cigarros (de 0,00% para 0,72%) e serviços de cuidados pessoais (de -0,04% para 0,38%).
O núcleo do IPC registrou alta de 0,28% em setembro, ante avanço de 0,14% em agosto. Dos 85 itens componentes do IPC, 40 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 52,07% em setembro, 7,40 pontos porcentuais acima do resultado de 44,67% registrado em agosto.