Consumo de softwares piratas cai 11%, diz estudo

O brasileiro tem consumido menos softwares ilegais do que há sete anos: em 2005, o consumo era de 64% em relação ao total comercializado e, no ano passado, esse valor caiu para 53%, segundo pesquisa inédita divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). O estudo indicou que em 2012 a população brasileira gastou R$ 23,8 bilhões com produtos piratas.

O levantamento incluiu 11 setores: óculos, cigarros, softwares, perfumes, produtos de limpeza, TV por assinatura, câmeras, consoles de videogames, pilhas, brinquedos e música em jukebox. Segundo o presidente do FNCP, Edson Luiz Vismona, bebidas, peças de automóveis, vestuário, tênis e material esportivo ficaram de fora da contagem por dificuldade na identificação e precisão da métrica.

Mesmo com a queda no consumo de softwares entre 2005 e 2012, o lucro entre os mercados legal e ilegal desses produtos ainda destoa. Dos 11 setores analisados no levantamento, o de software foi o que mais sofreu com a pirataria. No ano passado, a venda total de programas ilegais foi de R$ 2,84 bilhões, enquanto o mercado legal movimentou R$ 2,52 milhões. Segundo Vismona, para cada R$ 100 de softwares comercializados legalmente em 2012, o mercado pirata vendeu R$ 112.

Outro setor que chamou a atenção, de acordo com a FNCP, foi o de perfumes. No ano passado, o mercado vendeu R$ 2,51 bilhões em frascos. A venda de perfumes “piratas” no mesmo período foi de R$ 2,45 bilhões. O setor de pilhas foi calculado a partir do número de produtos que segue para reciclagem. Do total de pilhas descartadas no ano passado, 30% foram identificadas como piratas.

São Paulo é o grande polo nacional da pirataria, segundo o presidente do fórum. “De dezembro de 2010 a dezembro de 2012 foram apreendidos somente na capital paulista 78 milhões de produtos, com valor de mercado equivalente a R$ 2 bilhões. É o mesmo valor apreendido pela Receita Federal em todo o Brasil em 2012”, disse.

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