O consumo total de gás natural no País somou 70,79 milhões de metros cúbicos/dia em agosto, o que corresponde a um recuo de 1,9% em relação ao verificado no mesmo mês do ano passado, mas uma alta 8,2% em relação a julho, aponta um levantamento estatístico da Associação brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), feito com concessionárias em todas as regiões do País.
A queda, na comparação anual, foi puxada pelo recuo no consumo industrial, que ficou em 27,68 milhões de metros cúbicos/dia, queda de 8,7% ante agosto de 2018. Os segmentos automotivo (3,1%), cogeração (-8,7%) e matéria-prima (-12,1%) também apresentaram retração, mas os volumes consumidos são significativamente menores, de 5,98 milhões de m3/d, 2,544 milhões de m3/d e 544 mil de m3/dia, respectivamente.
O destaque positivo foi o crescimento de 10,3% do consumo residencial. Completam a lista os segmentos comercial (+2,6%) e termoelétrico (+3,9%)
Na comparação com julho, o principal destaque foi a expansão da demanda de gás para a geração de eletricidade, que cresceu 15,9% e respondeu por um consumo de 29,59 milhões de m3/d.
“Os números do consumo total de gás natural costumam subir na comparação mensal nestes meses mais secos do ano por causa do aumento do despacho das térmicas a gás, reflexo da queda do volume de água nos reservatórios das hidrelétricas. Apesar do crescimento da geração termoelétrica, o levantamento aponta uma desaceleração da atividade industrial”, explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
Em relação ao mês anterior, o consumo industrial recuou 0,7%, enquanto o comercial baixou 11,4% e o uso como matéria-prima baixou 8,9%. A cogeração, por sua vez, teve leve alta de 0,6% e as residências demandaram 4,5% mais.
Em agosto, o número de unidades consumidoras de gás natural se aproximou da marca de 3,6 milhões – número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.