O consumo de vinhos espumantes no Brasil bateu todos os recordes em 2010. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) divulgado nesta terça-feira (8) foram vendidos 12,5 milhões de litros ao longo do ano passado, um crescimento de 12% sobre os 11,1 milhões de litros de 2009. O balanço considera apenas os volumes comercializados pelas empresas localizadas no Rio Grande do Sul, Estado que responde por 90% da produção brasileira. Se incluídas as importações de 4,3 milhões de litros, o total sobe para 16,8 milhões de litros.
O Rio Grande do Sul é o único estado considerado pelas estatísticas porque já tem o Cadastro Vinícola, montado em parceria do Ibravin com a Secretaria Estadual da Agricultura e o Ministério da Agricultura. Uma estimativa do instituto indica que as vendas de espumantes de Santa Catarina e do Vale do São Francisco, no Nordeste, se aproximaram de dois milhões de litros em 2010. “Os espumantes brasileiros caíram no gosto do consumidor, que reconhece a qualidade do produto e a boa relação custo-benefício”, comemora o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante.
Outro produto das vinícolas gaúchas que vem ganhando espaço no mercado nacional, em velocidade ainda mais rápida que a dos espumantes, é o suco de uva natural, sem adição de água e nem açúcar. Suas vendas saltaram de 6 milhões de litros em 2005 para 18 milhões de litros em 2008, 25,5 milhões de litros em 2009 e 31,8 milhões de litros em 2010.
O balanço do Ibravin também mostra que houve queda de 3,3% na comercialização dos vinhos finos e de mesa, de 240 milhões de litros em 2009 para 232 milhões de litros em 2010. Outra tabela, elaborada pela União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), indica que a venda de vinhos finos chegou a 89,2 milhões de litros no ano passado, um crescimento de 20,5% sobre os 74,0 milhões de litros de 2009. Nesse segmento, a predominância é dos importados, que chegaram a 71 milhões de litros e ficaram com uma fatia de 79,5% do total.