Brasília – O consumo de energia elétrica no País cresceu 8,7% em março em relação ao mesmo mês de 2002 -primeiro depois do fim do racionamento que durou nove meses. Se forem considerados os últimos 12 meses, o consumo de energia aumentou 9,1%. A expectativa da Eletrobrás, que divulgou ontem seu boletim sobre o comportamento de mercado, é que em 2003 o crescimento do consumo seja de 7,1%, percentual semelhante ao registrado em 2000.
Os técnicos da Eletrobrás afirmaram que o aumento do consumo é importante. Isto porque o setor elétrico ainda vem sofrendo com os efeitos do racionamento, desta vez com sobras de energia, que chegam a 7.500 megawatts.
A classe de consumo que teve o pior desempenho foi a industrial, com uma demanda de energia 3,4% menor do que a prevista. Esta é a classe mais importante, porque responde pelo consumo de 41,8% do total de energia produzido no País.
O aumento de consumo da indústria foi de apenas 2% se comparado com março de 2002. Se forem considerados os últimos 12 meses, o crescimento ficou em 7,6%.
Segundo os técnicos da Eletrobrás, nas regiões Norte e Nordeste o consumo industrial já está nos mesmos patamares de antes do racionamento, que começou em junho de 2001. Mas, no Sudeste e no Centro-Oeste, o consumo de energia de março de 2003 ficou 1,4% menor do que o registrado em março do ano passado.
Todas as outras classes de consumo apresentaram crescimento. O comércio aumentou a demanda de energia em 14,2% em março deste ano, enquanto as residências apresentaram um crescimento de consumo de 14,2%.
A expectativa do governo é de que o consumo de energia residencial este ano seja semelhante ao verificado em 1998. O consumo médio por domicílio foi de 142 quilowatts-hora (kWh) em março deste ano.