Entre 1994 e 2001, o crescimento do consumo de energia elétrica no Paraná foi praticamente o dobro do brasileiro. No Estado, a evolução foi de 44%, passando de 3.746 tEP (toneladas equivalentes de petróleo) para 5.389 tEP. No País, o aumento foi de 23%, com uma evolução de 65.480 tEP para 80.540 tEP.
A tEP é uma unidade de valor usada para medir o consumo de eletricidade. Outra, mais conhecida, é o Gigawatt/hora (GWh). Independentemente do critério adotado, contudo, o resultado é igual. No mesmo período estudado, a demanda por energia elétrica no Estado subiu de 11,6 milhões de GWh para 17,0 milhões, o que significa uma expansão de 46%.
Estes números, mais do que revelar o crescimento da demanda pelo insumo, servem de termômetro da atividade econômica e do desenvolvimento do Paraná. Afinal, quanto maior a quantidade de empresas em funcionamento e o consumo de equipamentos eletroeletrônicos pelas famílias, maior a demanda por energia.
“O crescimento do mercado de energia elétrica no Paraná é prova inequívoca do salto de desenvolvimento que o Estado deu nos últimos oito anos”, afirma o secretário estadual da Fazenda, Ingo Hübert. Presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), ele destaca que estes dados mostram que o Paraná se desenvolveu, no período, mais rapidamente que o País.
Hübert oferece outros dados para comprovar a expansão. Entre 1994 e 2001, o Produto Interno Bruto paranaense (a somatória de todos os bens e serviços produzidos no Estado) aumentou 32%, subindo de R$ 59,3 bilhões para R$ 78 bilhões. O PIB brasileiro, no mesmo período, cresceu 18%, passando de R$ 1,002 trilhão para R$ 1,185 trilhão.
Nos últimos oito anos, o PIB paranaense aumentou e mudou de perfil. O Estado atravessou sua primeira grande transformação quando abandonou a estrutura eminentemente agrária e se industrializou.
Hoje, diz Ingo Hübert, o Paraná tem uma economia pós-industrial. Isto significa que o peso do setor de serviços é maior que o da agricultura e indústria.
De tudo o que é produzido no Paraná, apenas 13% vem da agropecuária; a indústria responde por outros 42%; já o segmento de serviços que compreende o comércio e o turismo, entre outros é responsável por 45% do PIB estadual. Em números atuais, isto daria algo em torno dos R$ 35 bilhões.
“Este dado é de suma importância para o entendimento do que ocorreu no Paraná nos últimos anos. Ele mostra porque não tem fundamento a posição dos que criticam a industrialização, argumentando que ela não gerou empregos porque as fábricas que vieram para o Estado são automatizadas”, comenta o secretário da Fazenda. “O grosso dos postos de trabalho foi criado no setor de serviços, intensivo em mão-de-obra, onde não há tecnologia que substitua o empregado.”