O consumo de energia elétrica na rede atingiu 40.660 GWh em janeiro, o que representa uma expansão de 1,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi puxado para cima pelo aumento de 6,1% no consumo da classe residencial e de 4,1% na classe comercial, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 27, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

continua após a publicidade

A demanda da indústria, por outro lado, encolheu 4,7% em igual base comparativa e atingiu apenas 13.822 GWh, o pior resultado para meses de janeiro desde 2010. A EPE ressalta que o setor continua a apresentar tendência de queda registrada desde o segundo trimestre do ano passado, afetada pelos fracos dados operacionais de setores como a indústria de alumínio, automobilística e de químicos.

“O panorama de janeiro é o mesmo dos últimos meses, com performance negativa do consumo industrial e alta do consumo na baixa tensão, notadamente residências e serviços”, destacou a EPE. “Contudo a variação do consumo residencial acumulada em 12 meses vem caindo progressivamente desde março do ano passado, sugerindo uma tendência de ajuste desse consumo”, complementou a EPE em Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica.

Os dados dos últimos 12 meses apontam uma expansão de 1,9% no consumo elétrico, puxado por uma alta de 7% da classe comercial. O segmento residencial cresce 5,6%, na comparação com 12 meses encerrados no período imediatamente anterior. O consumo da indústria encolheu 4% no período, enquanto a categoria Outros tem alta de 4,9%.

continua após a publicidade

O resultado da classe residencial continua a ser puxado pelas temperaturas mais elevadas. Esta é a explicação dada pela EPE para justificar o aumento de 6,1% no consumo residencial de janeiro, na comparação anualizada. Outro fator, segundo a EPE, é o chamado “efeito calendário”, ou seja, o maior número de dias úteis no início deste ano em igual base comparação. O efeito, neste caso, explicaria uma expansão de cerca de 1 ponto porcentual. As mesmas condições também explicam o aumento da demanda da classe comercial.