O consumo de energia elétrica no Brasil vai triplicar daqui a 36 anos, quando 10% da frota de carros já serão elétricos e 13% da demanda elétrica residencial serão supridos pela energia solar. As previsões fazem parte de estudo divulgado hoje (19) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), como parte do Plano Nacional de Energia (PNE 2050).

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O consumo de eletricidade sairá dos atuais 513 terawatts-hora (TWh) para 1.624 TWh em 2050, o que equivalerá ao que é utilizado hoje, por consumidor, na União Europeia – em torno de 7 mil quilowatts-hora  por habitante ao ano.

De acordo com a EPE, a demanda por energia como um todo – incluindo gasolina, eletricidade, etanol e outros – vai dobrar até 2050, passando dos atuais 267 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP) para 605 milhões de TEP.

Uma das grandes mudanças poderá ser vista nas ruas, onde circularão 10% de veículos movidos a energia elétrica, com 50% da frota compostos por veículos híbridos, que utilizarão gasolina e etanol, associados a um motor elétrico.

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A EPE prevê que 15% dos lares, equivalentes a 15 milhões de domicílios, utilizarão energia elétrica gerada pelo sol. Já os painéis de aquecimento solar deverão estar presentes em 20% das casas brasileiras até 2050.

O gás natural também vai registrar forte expansão no consumo final, com crescimento projetado de 3,6% ao ano até 2050, quando deverá atingir 212 milhões de metros cúbicos por dia, quase quatro vezes o consumo atual, excluindo o que é utilizado na geração termelétrica.

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O estudo da EPE também prevê que haverá grande ganho de eficiência energética no período, o que permitirá reduzir em 20% o consumo total de energia. Para isso, serão fundamentais políticas públicas que incentivem tecnologias mais eficientes em eletrodomésticos e automóveis, além de construções mais sustentáveis, alteração da estrutura modal de transporte de cargas, eletrificação da frota de transporte de passageiros e reciclagem.