Dos 46,5 milhões de domicílios brasileiros, 12,6% tinham microcomputador (68% deles com acesso à internet), 58,9% telefone fixo e 7,8% apenas telefone celular em setembro de 2001. As três informações foram incluídas pela primeira vez na pesquisa Pnad do ano passado.

A pesquisa investigou a presença de nove bens duráveis nos domicílios brasileiros. Mostra que ao longo da década de 90, houve crescimento contínuo no consumo de oito dos nove itens. O avanço maior foi no porcentual de casas com telefone fixo, que entre 1999 e 2001, subiu de 37,6% para 58,9%. Os bens mais comuns, como televisão, rádio, fogão e geladeira estão na quase totalidade das moradias.

O crescimento do consumo de bens havia sido registrado no Censo 2000, divulgado no primeiro semestre deste ano. Os números do IBGE chegaram a ser questionados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que, na época, disse não entender como o consumo podia ter crescido se a renda – como também mostrou o censo – não havia aumentado.

A Pnad mostra novo crescimento no consumo de bens, mas queda nos rendimentos da população brasileira – redução tanto na remuneração média das pessoas como no rendimento médio das famílias.

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