O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse nesta quinta-feira (10) que o consumo de álcool combustível no Brasil deve se manter acima do de gasolina. "A tendência é essa. É algo que veio para ficar", afirmou.

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Ele argumentou que contribuem para isso a tecnologia flex, que permite que o mesmo carro seja abastecido com um ou outro combustível, dependendo da escolha do consumidor; o petróleo "cada vez mais escasso e mais caro"; e o álcool "que está cada vez mais barato".

Tolmasquim disse também que a expansão que o etanol está tendo no Brasil "é algo impressionante". De acordo com ele, "estamos tendo um boom de novas plantas de etanol". O presidente da EPE comentou que a restrição de terras no mundo para a plantação de cana ou de alimentos não acontece no Brasil. Segundo ele, se o Brasil adotasse o padrão de São Paulo para a pecuária extensiva, teria mais 70 milhões de hectares disponíveis para o plantio.

"São dez vezes o necessário para aumentar a plantação de cana para o etanol até 2030", disse, referindo-se à projeção de que sete milhões de hectares adicionais para a cana garantiriam a produção de etanol prevista pela EPE para 2030. Ele participou hoje do evento "Meio Ambiente – Desenvolvimento Sustentável", no Rio.

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